Paraná ganha núcleos do projeto Segundo Tempo

O projeto Segundo Tempo, desenvolvido pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), em parceria com o Ministério do Esporte, que além do "veio" esportivo tem cunho social, ganhou mais três núcleos no Paraná. Instalados nas cidades de Telêmaco Borba, Jaguariaíva e Tomazina, estes municípios se unem a Tibagi e Castro, os primeiros a receberem o projeto no Estado.

Os atletas olímpicos Sebastian Cuatrin (canoagem velocidade) e Cássio Petry (canoagem slalom) estiveram nas cerimônias de lançamento dos novos núcleos e ficaram encantados com o projeto. "Quando comecei na canoagem foi tudo na garra. Hoje os atletas contam com toda uma estrutura e quem ganha com isso é o Brasil, que poderá descobrir novos talentos. Esse exemplo deveria ser seguido por outras confederações para que o Brasil vire uma potência olímpica", pondera Cuatrin, que representou o Brasil nas Olimpíadas de Barcelona, Atlanta, Sydney e Atenas.

No Brasil já são 39 núcleos atendendo cerca de 10 mil adolescentes. Até o final de março, o projeto deve chegar a 15 mil atendimentos. O objetivo da confederação é instalar 64 núcleos no Brasil, com capacidade para 200 e 400 atendimentos em cada um.

Com o lançamento de mais três núcleos, o Paraná passa a atender dois mil adolescentes entre 12 e 17 anos matriculados em escolas públicas. Os cinco núcleos paranaenses são de canoagem slalom.

Segundo o supervisor das seleções nacionais da CBCa, Argos Rodrigues, a geografia da região foi muito importante para a implantação dos núcleos de slalom. "Além de Tibagi, nós temos mais quatro núcleos próximos, cerca de 100 km de distância do centro principal que é Tibagi, local e treinamento da seleção brasileira da modalidade. Com isso, os cinco núcleos formam o pólo nacional da canoagem slalom", explica Argos.

O Segundo Tempo Canoa Brasil funciona em dois períodos, para atender os adolescentes no contraturno escolar. Um dos principais objetivos é o trabalho social feito com os adolescentes. "Além de difundirmos a modalidade e descobrirmos novos talentos, temos como objetivo principal o trabalho social com essas crianças, através da prática esportiva. O mais importante é que o adolescente precisa estar estudando para fazer parte do projeto. Sem fazer a tarefa de casa ele não pode participar das aulas", reforça Argos.

Além das atividades físicas, os atletas recebem reforço escolar, alimentar, aulas de informática e noções de conservação do meio ambiente. Para fazer parte do projeto, o adolescente precisa estar matriculado em uma escola pública, freqüentar as aulas e praticar três atividades físicas.

Cada núcleo, além da escola de canoagem, oferece também escolinhas de vôlei de areia e beach soccer, graças às parcerias firmadas com as federações das duas modalidades. "Essa prática de três modalidades é uma política do ministro do Esporte, Agnelo Queiroz. Por isso, implantamos outras duas escolinhas em cada núcleo", diz Argos.

Os caiaques e o material de segurança – capacete e colete salva-vidas – foram doados pela Paraná Esporte, autarquia de esportes do governo do Paraná. "O Segundo Tempo Canoa Brasil é um projeto de cunho social muito forte que traz uma ponta de esperança para afastar os adolescentes das drogas e da violência, bem como trazer qualidade de vida a esses adolescentes. Na Paraná Esporte temos como obrigação identificar os bons projetos para virarmos parceiros, como fizemos com a Confederação Brasileira de Canoagem", diz Ricardo Gomyde, presidente da Paraná Esporte.

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