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| Sem revelar valores, Miranda e Domingos comemoram mais uma empresa |
O Paraná Clube fechou, ontem, mais um contrato de patrocínio para a seqüência da temporada. A partir do jogo de amanhã, o clube carregará a marca Multifarma nas mangas de suas camisas e calções. O acerto é até o final do ano, com possibilidade de renovação. "Esperamos que seja o início de um longo relacionamento", disse o vice de futebol José Domingos. Os valores da transação não foram revelados pela diretoria.
A Multifarma – empresa 100% paranaense – une-se a Paraná Banco e Grupo J. Malucelli, que já patrocinam a camisa do Tricolor desde o início do Brasileirão. A negociação foi conduzida pelo vice de marketing do clube, Waldomiro Gayer Neto. "Estamos apresentando soluções. O clube hoje vive um momento de estabilidade e com as contas em dia acredito numa campanha muito sólida neste Brasileirão", comentou Neto.
Com a mudança de jogos para Maringá e os parceiros que apóiam o clube, o Paraná deve passar a temporada 2005 sem sustos sob o aspecto financeiro. "Só com esse jogo frente ao Corinthians, por exemplo, faturamos mais do que em todo o campeonato passado", disse José Domingos.
Com a cota – algo em torno de R$ 200 mil – o Paraná supera sua arrecadação total obtida no ano passado. Como teve prejuízo em 14 dos 23 jogos que disputou como mandante, o Tricolor conseguiu em todo o Brasileiro uma receita líquida de apenas R$ 154 mil. "Felizmente, tudo está mudando. E para melhor", finalizou Zé Domingos.
Cobrança para ataque do Tricolor
Tranqüilidade lá atrás, apreensão lá na frente. Enquanto a defesa comemora a longa invencibilidade, os atacantes buscam melhorar a pontaria. É o clima do Paraná Clube antes do jogo frente ao Corinthians – amanhã, às 18h10, no Estádio Willie Davids -, em Maringá. Se a dupla Borges-Renaldo ainda não "deslanchou", pouco importa. Pelo menos para o grupo, que prefere exaltar o bom momento do Tricolor, embalado por três vitórias consecutivas e 324 minutos sem levar gols.
O goleiro Flávio não muda sua rotina, apesar da solidez da defesa paranista. "Não levar gols é bom, mas não é o mais importante. De nada adianta se o placar for 0x0. Prefiro vencer, mesmo que levando gols", comentou. Só que o equilíbrio defensivo foi o ponto fundamental no crescimento do time neste Brasileiro. Com a seqüência de jogos, o Tricolor assimilou o padrão de jogo estabelecido pelo técnico Lori Sandri e passou a comandar as ações nos jogos.
"Antes, a gente sempre saía atrás no marcador e precisava correr atrás", lembrou o zagueiro Daniel Marques. Com os três zagueiros, o Paraná "acertou o pé" e não sofreu gols nos três últimos jogos, contra Atlético Mineiro, Fluminense e Figueirense. A defesa só foi suplantada no clássico (1×2) frente ao Coritiba e mesmo assim em dois gols de bola parada. Se levarmos em consideração esse ponto, os atacantes não levam a melhor sobre os zagueiros paranistas, com bola rolando, desde o jogo contra a Ponte Preta (1×1), no dia 21 de maio (5.ª rodada).
Contrastando com essa serenidade, a dupla Borges e Renaldo busca gols. Enquanto Borges não balança as redes há três jogos, Renaldo ainda "carrega nos ombros" a pressão dos dois pênaltis perdidos contra o Figueirense. "Foi algo que me marcou, mas não me derrubou. Essa semana foi ótima, pois consegui treinar muito e estou pronto para esse grande jogo", disse Renaldo.
Seu companheiro também prefere evitar a ansiedade. "Fiz cinco gols em seis jogos e sabia que a cobrança seria grande. Mas o importante é que estamos vencendo, não importa se com gols de Borges, Renaldo, Thiago Neves ou Rafael Muçamba", disparou o artilheiro tricolor na competição. Borges diz estar recuperado das dores estomacais que atrapalharam seu desempenho no sábado passado. "Tô legal e pronto para fazer um grande jogo".
O técnico Lori Sandri procurou administrar a semana com muita serenidade, evitando que a boa maré transformasse o perfil do grupo. "Os resultados foram obtidos com muita luta, muita humildade. E isso não pode mudar", disse o volante e capitão Beto. No coletivo-apronto de ontem, o treinador confirmou o time sem surpresas, repetindo a mesma equipe utilizada na última jornada.