Paraná Clube briga em duas frentes no Estadual

O revés frente ao frágil Rio Branco reabriu feridas no Paraná Clube. Num momento decisivo do Campeonato Paranaense, o futuro do Tricolor é incerto e o próprio técnico Wagner Velloso admitiu que a classificação para a segunda fase “ficou difícil”.

Restando apenas dois jogos pela frente, o time da Vila Capanema terá que apresentar rendimento de 100% – contra Foz do Iguaçu e Iguaçu – para seguir na competição. Mais do que isso: o clube necessita desesperadamente de três pontos (ou mais) para se manter na elite estadual.

Cabisbaixos, os jogadores não souberam encontrar justificativas para a derrota de 1 a 0 para o lanterna do estadual. O Paraná sofreu o gol no primeiro minuto de jogo e nos 97 minutos seguintes pouco fez para ao menos chegar ao empate. Wagner Velloso reclamou da falta de pulso da arbitragem para coibir o “anti-jogo” do Rio Branco, mas reconheceu a pouca produção do seu time.

“Não faltou empenho, luta. Mas, erramos demais nas finalizações.” Mesmo sem conseguir a pressão que o torcedor imaginava, o Tricolor perdeu pelo menos quatro chances incríveis de gol, com Edu Silva e Bruninho (ainda no primeiro tempo), Peterson e Éverton.

Enfim, Velloso foi “apresentado” ao time de Paulo Comelli. O Paraná do último sábado esteve muito próximo daquela equipe desacreditada que se vira em jogos anteriores. Em especial em casa, onde o rendimento do Tricolor é ridículo.

O clube completou três derrotas jogando no Durival Britto nesta temporada – antes, perdera para Londrina e Mixto (este, pela Copa do Brasil). Além disso, coleciona dois empates (frente a Paranavaí e Cianorte) e apenas duas vitórias, contra Engenheiro Beltrão e Coritiba. Desempenho que comprova a dificuldade da equipe frente a adversários que adotam uma postura de cautela.

Sem poder de penetração e com baixo rendimento nas bolas paradas, o Tricolor segue a sua via-crucis, novamente sob o risco de queda para a segunda divisão paranaense.

A vitória no clássico deixara no ar uma aura de otimismo. Houve até quem imaginasse que a reação positiva fora uma “resposta” do grupo à saída de Paulo Comelli. Três dias depois à melhor atuação do time no ano, tudo voltou ao normal.

O torcedor viu em campo, outra vez, uma equipe com problemas defensivos, pouca criatividade e nenhum poder de fogo. Resta aos paranistas rezar, e muito, por nova reação nesta reta final. Ao menos numa intensidade suficiente para evitar o “mico” de novo rebaixamento.

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