Otacílio ainda não definiu o Paraná Clube

Reticente, Otacílio Gonçalves preferiu não antecipar a formação do Paraná Clube para o jogo de amanhã – às 16 horas, no Couto Pereira – frente ao Flamengo. Com quatro derrotas no Brasileirão, mais uma vez o Tricolor entra em campo sob pressão, necessitando da vitória para fugir das últimas colocações. É certo, porém, que alterações serão processadas. Na única dica, o técnico confirmou que é preciso ter atenção redobrada com o lado esquerdo do rubro-negro carioca.

“O Athirson é mais um ponta que um lateral. E isso precisa ser marcado”, confirmou Otacílio. A tendência é que o meio-de-campo seja reforçado, possivelmente com a volta de Sidnei. A saída seria abrir mão de um dos meias ofensivos, que foram muito bem frente ao Palmeiras, mas não repetiram a performance em Salvador. A comissão técnica estudou o Flamengo em pelo menos quatro jogos, que ganhou qualidade com Iranildo e Fábio Baiano.

“É um time qualificado e que vem de um resultado muito bom. Precisamos agredir, mas com inteligência, como fizemos no domingo passado”, confirmou o capitão Maurílio. Com cinco gols, ao lado de Márcio, ele vem mostrando muita precisão nas cobranças de faltas. “É fruto de muito treinamento”. Ele e Márcio travarão, amanhã, um duelo com André, que deixou o Paraná através de liminar da Justiça do Trabalho.

A questão defensiva também traz preocupação para a comissão técnica. Nos dois jogos em que Cristiano Ávalos não atuou, o Paraná sofreu seis gols (três contra o São Paulo e outros três diante do Bahia). Sem encontrar o substituto ideal, Otacílio pode apostar novamente em Xandão. Até ter a chance diante do tricolor paulista, Xandão era o reserva imediato da zaga.

No treino de ontem à tarde, Otacílio preferiu trabalhar a condição técnica do time, aprimorando passes e finalizações. O apronto tático ficou para hoje pela manhã, quando o time será oficializado. “Não é questão de mistério, não. Não tenho dúvidas e sim convicções”, afirmou Otacílio. O técnico disse que tem por norma anunciar a equipe sempre após o último treinamento.

Preocupação com a arbitragem

A diretoria torceu o nariz. Ninguém gostou da indicação do árbitro gaúcho Carlos Eugênio Simon para dirigir Paraná Clube x Flamengo. Prejudicado sucessivamente neste Brasileirão – somente nos jogos contra São Caetano e Bahia não houve reclamações -, o Tricolor estranha o fato de que Simon esteja sempre apitando jogos dos clubes cariocas. Citaram inclusive o jogo do Coritiba frente ao Fluminense, onde a diretoria alviverde reclamou do árbitro, apesar da vitória.

Só neste Brasileirão, o Paraná reclama de três expulsões sofridas, um pênalti não marcado e, principalmente, a falta de critério na marcação de faltas. Até mesmo na goleada sobre o Palmeiras, Luciano Augusto Almeida anulou gol legítimo do Paraná, enquanto o jogo estava 1×1. A revolta contra arbitragens não é exclusividade do Tricolor e sim uma questão nacional. A prova disso foi que o gol de Bosco, anulado, foi escolhido em rede nacional como o gol da rodada pelo torcedor brasileiro.

Arbitragem à parte, a aposta é de um grande público. Ontem a procura por ingressos na Vila Capanema foi intensa o que é indício de “casa cheia”. Até aqui, o melhor público do Paraná na competição ocorreu no jogo frente ao São Paulo, quando 7.929 torcedores pagaram ingresso.

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