Houve um momento da competição em que o Paraná Clube chegou a ser apontado como um dos favoritos ao acesso. Dividia esse ‘status’ com Sport e Chapecoense, já que o Palmeiras sempre foi visto como o virtual campeão da Série B. O tempo passou, as oscilações não findaram e hoje o Tricolor virou um ‘azarão’ nessa briga. O site Chance de Gol confere ao representante paranaense míseros 17% de probabilidade de acesso.
O número compatível com a realidade do Paraná. Com um segundo turno lamentável, o time de Dado Cavalcanti despencou para a 6.ª colocação e pode cair mais um degrau caso o América-MG vença o Paysandu, amanhã, em jogo atrasado da 32.ª rodada. ‘Sabemos que ficou complicado. O primeiro passo é vencer o próximo jogo, pois assim o torcedor continuará ao nosso lado’, disse Dado Cavalcanti. O problema é que o próximo adversário é justamente o Palmeiras, que no último sábado garantiu retorno à Série A.
A diretoria se mostra mais otimista. ‘Não imaginávamos que seria assim. É hora para união de todos, jogadores, comissão técnica, diretoria e torcida. Uma vitória sobre o Palmeiras nos dará moral e nos recolocará nos trilhos. Não podemos abrir mão de lutar’, disse o superintendente Celso Bittencourt. ‘É hora da raça falar mais alto’, completou. O Paraná terá que vencer de quatro a cinco jogos, em apenas seis rodadas, para seguir sonhando com o retorno à elite nacional.
O problema é que até aqui, neste returno, o Tricolor conseguiu tão somente quatro vitórias em treze jogos. Os jogos restantes, além de tudo, são, na sua maioria, confrontos diretos. Na prática, os jogos mais ‘fáceis’ seriam contra Boa e Guaratinguetá, que estão numa zona intermediária, praticamente livres de qualquer risco de degola. Os outros duelos são confrontos diretos: Palmeiras, Chapecoense, Sport e Icasa. Serão três jogos na Vila Capanema e outros três fora.
Jogadores e comissão técnica, visivelmente atônitos com o quadro atual, não encontram justificativas para a queda de rendimento. ‘Estamos sofrendo muitos gols bobos, o que não ocorria anteriormente. Aí, tudo fica mais difícil’, disparou o volante Ricardo Conceição. Nas partidas recentes, a história tem se repetido: um descuido, um bate-rebate e o Paraná leva gols e vê sua estratégia de jogo ruir. Para piorar, o Dado tem convivido ainda com problemas para encontrar um ataque equilibrado e contundente. Neste segundo turno, em apenas dois jogos, o Tricolor conseguiu vitórias folgadas: 3 x 1 no Paysandu e 4 x 1 no ASA. ‘Temos que buscar essa virada. Ainda dá’, cravou o volante Édson Sitta.