Oscar critica ida de brasileiros para NBA

Brasília – O maior nome da história do basquete brasileiro está pessimista com o futuro da seleção nacional. Oscar Schmidt criticou nesta sexta-feira, em Brasília, os atuais jogadores que almejam fazer fama na NBA e deixam “em segundo ou em terceiro plano” a camisa verde e amarela.

“Hoje, infelizmente, a seleção não é mais prioridade para ninguém. E se ela não for a primeira opção de todo atleta, se eles não viverem em função dela, não vamos chegar mais a lugar algum”, afirmou Oscar, durante a entrevista coletiva realizada em função do jogo que acontece domingo e marcará, oficialmente, sua despedida das quadras.

Oscar, hoje com 46 anos, acredita que mesmo se o Brasil tivesse 10 jogadores na NBA (hoje são três: Nenê, Leandrinho e Alex), a seleção nacional não teria ganho algum com isso. Pelo contrário. “Não pode o atleta vir jogar (na seleção) e ficar com medo de se machucar, ou então querer se guardar para o clube porque lá ele ganha uma fortuna”, disse o ex-jogador.

Durante a vitoriosa carreira, Oscar recusou em algumas ocasiões convites da NBA. “Porque a coisa mais importante do mundo, para mim, sempre foi o Brasil. Eu sacrifiquei minhas férias até os 35 anos de idade só para defender a seleção”, explicou. Na época, os jogadores profissionais da liga norte-americana de basquete não podiam disputar os Jogos Olímpicos, o que mudou a partir de 1992, em Barcelona.

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