Oposição se reúne e cobra soluções para o Coritiba

O cerco ao presidente Giovani Gionédis está se fechando. Depois do Coritiba perder todas as chances de voltar à Série A no ano que vem, começaram a pipocar mais movimentos contrários à atual administração. Enquanto a torcida pede reiteradamente a cabeça do mandatário alviverde com protestos e abaixo-assinado, a oposição decidiu se mexer e vai se reunir para apontar os problemas e as possíveis soluções para tirar o Coxa do atoleiro. Além disso, o conselho deliberativo deve apresentar esta semana o laudo da perícia das assinaturas de Evangelino da Costa Neves no processo de impeachment.

?Os peritos não têm um prazo, a gente está procurando agilizar, mas esta demora significa equilíbrio?, pondera Júlio Militão da Silva, presidente do conselhão. Assim que sair o resultado, o processo de impeachment será retomado. Mesmo assim, Militão garante que o aparente cerco a Gionédis foi provocado pelos maus resultados em campo e por um dirigente da própria diretoria. ?Não compete a mim entrar nesse mérito. A função do presidente do conselho é atender aos pedidos dos conselheiros. Frise-se que isso partiu da própria diretoria?, adverte.

Ele vai além e diz que, desde o início do ano, o conselho fez alertas e aconselhou o departamento de futebol sobre os rumos do time. ?A comissão de futebol convocou o Capitão Hidalgo e o Bonamigo para indicar jogadores e criticar algumas contratações?, revelou o conselheiro. Ele disse também que a comissão de instituição e contas está investigando o Coritiba S/A e está prestes a completar um relatório para ser apresentado pelo conselhão, podendo complicar ainda mais Gionédis. ?É um trabalho delicado?, aponta.

Na oposição, a situação não é muito diferente. Depois de ficar muda ?para não ser acusada de torcer contra?, uma reunião foi agendada para amanhã com as presenças de Tico Fontoura, Ricardo Gomyde, Francisco Araújo, Marcos Hauer e outros caciques. Eles irão passar a conselheiros, torcedores e imprensa o que sabem da atual situação do clube e irão propor a confecção de um documento com propostas de atuação daqui para frente. Por sua vez, alguns segmentos organizados estão se mobilizando para fazer abaixo-assinado, passeata e até batucada fora do Couto Pereira durante a pzrtida de sábado contra o Avaí.

A direção do clube informou ontem que só irá se manifestar na segunda-feira que vem. O presidente alviverde convocou a imprensa para um ronunciamento, mas dificilmente irá atender aos pedidos de renúncia.

Em clima de fim de feira

Fora do páreo por uma vaga na Série A do ano que vem, a reapresentação do elenco do Coritiba, que seria ontem, ficou para hoje à tarde no CT da Graciosa. Como o time irá apenas cumprir tabela diante do Avaí, às 16h de sábado, no Couto Pereira, jogadores e comissão técnica deixaram de lado a mobilização na Segundona.

O técnico Paulo Bonamigo e cerca de 13 atletas dificilmente ficarão no Alviverde e a debandada poderá começar com aqueles que têm contrato vencendo no final do ano.

Depois de declarar que trabalhar no Coxa é como pisar em campo minado, Bona deverá anunciar sua saída do comando da equipe após a partida de sábado. O mesmo caminho será seguido por vários jogadores, como o zagueiro Índio, que anunciou que seu ciclo no Alto da Glória se encerrou. Para sábado, por exemplo, a tendência é que um time totalmente alterado entre em campo apenas com jogadores que tenham contratos longos com o clube.

Prejuízo

Uma árvore de um vizinho do Couto Pereira caiu domingo sobre um muro e sobre um dos ônibus do Alviverde. Os valores da perda não foram revelados pelo clube, que também tem tido trabalho com a série de pichações nos muros do estádio.

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