Carta

Opinião: Desabafo de jogadores do Paraná se faz necessário

Na cabeça do torcedor, que olha sempre em primeiro lugar para o clube, esteja nele o jogador, dirigente ou treinador que estiver, a divulgação da carta dos atletas do Paraná Clube veio na pior hora possível. Afinal, é véspera de um jogo decisivo pela Série B, enfim uma partida às 16h20 e a expectativa de um bom público. Mas é justamente por isso que o desabafo quase desesperado do elenco se faz necessário. Em um momento tão complicado é que o torcedor precisa dar a resposta.

A galera tricolor está cansada de tantos “choques de realidade”. Um dia é uma sede leiloada. Depois é uma paralisação. Mais tarde é a falta de certidões para obter o patrocínio. Na sequência o empresário que paga salários. E agora uma carta que revela os bastidores mais tristes de um clube que nasceu gigante, completa neste 2014 seu 25º ano de existência e que teve administrações que destroçaram o caixa – e sobre isso nada foi feito. E pelo jeito não se fará.

A pergunta é inevitável: como admitir que uma pessoa não receba salário por sete meses? Na cabeça do torcedor o atleta pode virar “mercenário”, mas a falta de pagamento é inacreditável. Não há como o time do Paraná ter a serenidade necessária para trabalhar normalmente. Como diz Serginho, que foi craque no Paraná, o salário atrasado não interfere no jogo, mas interfere em todo o trabalho.

E se a diretoria não resolve, o torcedor pode ajudar. Ir ao estádio hoje pode representar o apoio – financeiro e emocional – que esses jogadores precisam e merecem. Eles estão fazendo em campo. A galera pode fazer nas arquibancadas. Chegou a hora da virada.