Operários prometem fazer nova paralisação no Beira-Rio

Os operários que trabalham na reforma do Beira-Rio prometem iniciar uma nova greve por reajuste salarial na próxima terça-feira. A obra já ficou paralisada do meio-dia de quarta até o fim da tarde desta quinta, período em que representantes da categoria estiveram reunidos duas vezes com representantes da construtora Andrade Gutierrez, parceira do Inter na remodelação do estádio para a Copa de 2014.

“Vamos avisar 48 horas antes e cumprir o prazo legal”, destacou, ao final do segundo encontro com a construtora, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada do Estado (Siticepot), Isabelino Garcia. “Se até lá não houver um acordo, a gente para.”

Os trabalhadores querem 15% de reajuste e se queixam da falta de uma contraproposta da empresa. O salário de um servente da obra é próximo de R$ 850. A maior parte das outras reivindicações já foi atendida, admitiu Isabelino Garcia. O valor do vale-alimentação subiu de R$ 160 para R$ 200. E o período de dispensa para visitas a familiares passou de cinco para nove dias a cada três meses – grande parte das quase mil pessoas que trabalham na reforma é formada por nordestinos.

No último balanço divulgado pela construtora, em dezembro, a reforma do Beira-Rio já tinha atingido 52% da conclusão das obras. A previsão é de que o estádio seja inaugurado no final deste ano, para ser o palco em Porto Alegre dos jogos da Copa do Mundo de 2014.

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