Obras na Vila em ritmo lento por falta de apoio da galera

A baixa adesão à campanha de retorno à Vila Capanema faz as obras de reforma do estádio andarem em ritmo lento. Com suporte vindo apenas da venda de camarotes, a diretoria praticamente descarta reinaugurar o estádio neste estadual.

De acordo com o vice-presidente de planejamento Márcio Villela, a campanha de adesão voluntária (com doações espontâneas de R$ 250) e a venda de produtos licenciados com a marca ?Vila Tá na Hora? renderam até agora apenas 30% da meta inicial. ?Por ser um antigo anseio da torcida, esperávamos um retorno bem maior. As obras não estão no ritmo ideal?, afirma o diretor.

A sustentação econômica para a conclusão da reforma vem da negociação de camarotes. Dos 56 colocados à disposição, 48 já foram vendidos. Villela espera que ?90% da obra? estejam finalizados entre o final de março e o início de abril. Mesmo com alguns itens de acabamento faltando, com esta previsão o clube poderia utilizar o estádio no primeiro jogo em casa do Brasileirão, contra o Botafogo, em 22 de abril.

A diretoria espera que o avanço visual das obras motive o torcedor. ?Daqui a 10 dias a estrutura da curva norte estará pronta. O estádio está aberto a quem quiser conferir?, diz Villela.

Vitória no clássico recupera moral da zaga

Alguns gols controvertidos puseram em xeque a defesa do Paraná Clube. Considerada o ponto forte da equipe durante o Brasileirão, a retaguarda colecionou críticas no estadual, mas uma atuação elogiada no clássico com o Coxa recuperou a moral dos zagueiros.

Antes dos 3 x 0 no clássico, a defesa não havia sofrido gol somente em duas ocasiões – na estréia (1 x 0 sobre o Roma) e diante do lanterna Toledo (2 x 0). As falhas de posicionamento eram constantemente citadas nas entrevistas coletivas do técnico Barbieri. O goleiro Flávio evitava derrotas, mas também falhou feio no jogo contra o União Bandeirante. As lembranças do último Nacional, quando Daniel Marques, Marcos e Aderaldo formaram a segunda defesa menos vazada da competição, aumentaram a cobrança. No estadual, Neguete, Emerson, Gustavo e João Paulo se revezaram na zaga.

O auge das críticas surgiu com o gol de empate do Londrina – lance em que o lateral Bruno Barros subiu completamente desmarcado e fez o gol aos 48 minutos do segundo tempo. A jogada rendeu até uma acalorada discussão nos vestiários tricolores.

O clássico mudou o panorama do sistema defensivo. Apesar da fragilidade do ataque adversário, a atuação segura do trio de zaga, especialmente de Emerson, rendeu tranqüilidade em todo o jogo e elogios por parte de Barbieri. Somente quando o placar já apontava 3 x 0 o Coritiba ameaçou a meta de Flávio.

Apesar do início irregular, a defensiva paranista já é a segunda menos vazada do estadual, ao lado da coxa-branca, com 11 gols. Apenas o J. Malucelli, que sofreu 10 tentos, tem desempenho superior.

Para Emerson, a defesa nunca mereceu as críticas que vinha recebendo, mas ele enxerga a evolução. ?Sofremos alguns gols por desatenção, mas as atuações não eram ruins. O sistema com três zagueiros exige sincronia, e o posicionamento melhora a cada jogo?, diz o jogador. Com a aproximação da reta final, a torcida, refeita dos sustos, respira aliviada.

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