“O título mais difícil”, reconhece Schumacher

Acostumado com as decisões, Michael Schumacher já elegeu a temporada de 2003 como a mais complicada de sua carreira. “Vai ser muito difícil conseguir meu sexto título”, falou o alemão ontem em Indianápolis, onde domingo acontece o GP dos EUA, penúltima etapa do campeonato. Ele tem três pontos de vantagem sobre Juan Pablo Montoya na classificação e sete sobre Kimi Raikkonen.

Indianápolis – Entre as cinco taças de campeão que decoram as prateleiras de Schumacher, apenas uma foi conquistada na derradeira corrida do mundial. É a de 1994, que traz a marca indelével de uma manobra pouco elogiável do alemão, para dizer o mínimo.

Michael tinha um ponto de vantagem sobre Damon Hill e na última prova do ano, em Adelaide, cometeu um erro, arrebentou a suspensão e jogou seu carro sobre o do inglês, tirando-o da prova, quando ia ser ultrapassado. A FIA não puniu o piloto, Hill aceitou o fato sem reclamar, e ficou por isso mesmo.

Era a primeira conquista de Schumacher, que teve naquele ano uma temporada difícil, com dois GPs de suspensão e duas desclassificações. Em 1995 as coisas foram bem mais fáceis e ele fechou a disputa em Aida, uma prova antes do encerramento do campeonato.

Os dois títulos foram conquistados pela Benetton. Em 1996 ele se transferiu para a Ferrari, não brigou pela taça e só voltaria a lutar pelo primeiro lugar em 1997 e 1998.

Os seus últimos três títulos foram conquistados antes do final da temporada. Em 2000, as coisas foram definidas em Suzuka e o mundial ainda teria uma prova, na Malásia. Em 2001 e 2002, duas molezas: o primeiro foi definido na Hungria e o segundo, na França.

Para sair de Indianápolis com o título domingo, Schumacher precisa vencer ou chegar em segundo, e torcer por maus resultados de Montoya e Raikkonen.

FIA ameaça punir marmeladas

Indianápolis – O presidente da FIA, Max Mosley, ameaçou punir duramente as equipes que usarem de expedientes que agridam o regulamento na definição do título de 2003. Traduzindo: quem apelar para jogo de equipe pode dançar. Marmeladas serão monitoradas pelos comissários dos GPs dos EUA e do Japão.

“Não serão toleradas ordens que interfiram no resultado das corridas. Isso está proibido”, falou Mosley. “Qualquer evidência será analisada pelos comissários e eu estarei pessoalmente atento, também. O novo regulamento, que foi aprovado por todas as equipes, não permite tais atitudes.”

Só na pista

Juan Pablo Montoya não quer saber de disputas pessoais. Para o colombiano, o que vai ser decidido nas próximas duas corridas é “apenas” um título mundial de F-1. “Eu não quero matar Michael”, falou o colombiano na entrevista coletiva realizada ontem, em Indianápolis. “Só quero ser rápido e forte”, disse o piloto da Williams.

BB F-1

A Jordan está estudando a realização de um “reality show” para escolher um piloto para sua equipe. Os telespectadores elegeriam um entre vários candidatos, que seria treinado durante três anos para estrear na categoria em 2007.

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