O momento mágico do futebol society

O futebol society está passando por uma profissionalização e este é um dos momentos mágicos da modalidade. Isto já aconteceu no futsal há muitos anos, quando simples atletas montavam as suas equipes e se inscreviam em competições livres de suas respectivas federações.

Era possível que atletas amadores brigassem dentro de quadra contra os maiores atletas da modalidade no País. Foi assim há duas décadas quando o futsal começou a despontar como esporte de rendimento e a ocupar um relevante espaço no cenário esportivo em nosso País.

Hoje isso acontece no society, com este processo de profissionalização os grandes clubes começaram a entrar na modalidade, é o caso do Vasco, atual campeão brasileiro, o Palmeiras que conquistou o paulistão contra o Corinthians, o Coritiba que recentemente fechou contrato com o Autolins, atual campeão paranaense.

Foi desta forma também com o Caxias-RS, atual campeão gaúcho. A cada dia novos clubes aderem a esta tendência e vão se estabelecendo como grandes forças da modalidade em seus respectivos Estados.

O apoio da imprensa vem potencializando as atividades desenvolvidas pelas entidades que administram o society. E quem ganha com isso são os clubes que passam a tornar a modalidade um porto seguro para o desenvolvimento de projetos esportivos e os atletas que enxergam na modalidade uma nova possibilidade de carreira no futebol.

Na última temporada dezenas de atletas deixaram o País para fazer carreira no futebol society do outro lado do mundo. Aqui no Brasil um clube como o Corinthians possibilita aos atletas toda a infraestrutura e subsídio financeiro para que o atleta viva com dignidade apenas do society.

Neste processo, um dos fatores motivacionais dos peladeiros de equipes de bairro é a oportunidade de poder enfrentar as grandes estrelas da modalidade e isso torna o momento do society único e especial.

Hoje não é possível imaginarmos que simples peladeiros possam jogar contra o craque Falcão ou Lenísio no futsal, mas em um passado recente foi, quando as estrelas da constelação eram jogadores não menos gabaritados e vencedores como Wander e Morruga.

Estes atletas disputavam jogos abertos por equipes de cidades paulistas e enfrentavam simples atletas de finais de semana de outros municípios que integravam a disputa.

No próximo mês inúmeras competições locais passam a ser desenvolvidas e será a oportunidade de atletas amadores ou peladeiros entrarem em campo em busca de enfrentar os maiores nomes do país e quem sabe saírem do anonimato e passarem a ocupar, ao lado das emergentes estrelas, um lugar de destaque na modalidade que mais cresce no Brasil.

Hugo Leonardo Loureiro. Presidente FPF7S. www.federacaoparanaense.com.br

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