Nobre revela agressão a funcionário do Palmeiras

O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, concedeu entrevista nesta quinta-feira, na Academia de Futebol, para comentar sobre a violência dos torcedores do Palmeiras. Um grupo de 50 torcedores invadiu pela manhã a sede do programa de sócio-torcedor, o Avanti, para protestar pelo fato de os ingressos para o clássico com o Santos, domingo, na Vila Belmiro, terem sido vendidos apenas para os membros do programa.

“Hoje aconteceu um fato lamentável na sede do Avanti. Para deixar claro, li várias versões. Foram três vândalos, que ficaram decepcionados pelo fato de não poderem comprar mais um ingresso. Eles queriam comprar 90 ingressos e os funcionários falaram que havia uma regra, eles começaram a ameaçar os funcionários e disseram que era melhor vender agora, porque senão eles comprariam amanhã (sexta). Mais uma vez foi negado”, explicou o dirigente do Palmeiras.

“E os torcedores viraram a mesa, quebraram computador e agrediram um funcionário do Avanti. Eles queriam quebrar o sistema para não ocorrer mais vendas e estão esperando que esses ingressos vão para a bilheteria, mas por causa da confusão, os ingressos restantes (não foram divulgados o número exato) não serão comercializados”, explicou ele.

Paulo Nobre defendeu o sistema de venda de ingressos para os associados do programa do clube e pediu desculpas para aqueles torcedores que não puderam adquirir sua entrada para o jogo com o Santos. “Quero me desculpar com os sócios do Avanti, que eventualmente não puderam comprar os ingressos, já que o sistema foi todo arrebentado. Quero deixar claro que desde o primeiro dia da minha gestão disse que o Avanti seria privilegiado.”

O dirigente palmeirense mandou ainda recado aos torcedores do time. “Não trabalhamos sob pressão. No próximo jogo em que não formos mandantes, vamos pensar de uma outra forma justa e democrática para vender os ingressos”, prometeu, dando sinais de que não deverá repetir a fórmula de venda de entradas apenas para sócios do Avanti.

Embora não tenha confirmado que o ato partiu de organizadas, é fato que a relação está longe de ser as melhores. “Não estamos aqui para tratar do tema ‘torcida organizada’ ou ‘uniformizada’. Estão sendo apurados quem são os responsáveis e seria leviano falar que foram membros de Organizadas. O que posso dizer é que ser presidente do Palmeiras, tem uma parte de glamour, mas uma gigantesca parte de ônus. Tem de abrir mão de uma série de coisas.”

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