Ney pode perder a condição de titular na meta paranista

Único jogador presente em todos os 21 jogos que o Paraná Clube disputou, o goleiro Ney pode perder a condição de titular. A comissão técnica não se pronunciou sobre o tema, mas o excesso de gols sofridos (muitos com grande colaboração da defesa) e algumas falhas pontuais podem custar a Ney a camisa 1 do clube.

Seria a chance para o recém-contratado Zé Carlos estrear. Com 36 gols sofridos, o Tricolor tem a quarta pior defesa da Série B, à frente somente de ABC-RN (37), América-RN (39) e Campinense-PB (45).

Sérgio Soares não tocou no assunto após o jogo em Campinas, destacando apenas os erros coletivos cometidos pela defesa. Porém, admitiu que como os resultados não estão acontecendo, a solução seria “trocar algumas peças”.

Um quadro que abrange o trio de zagueiros e o goleiro paranista. Ney, mesmo nunca tendo sido unanimidade no clube, só passou a ser questionado de forma mais intensa após o deslize em Fortaleza, no terceiro gol do time cearense. Na oportunidade, saiu “catando borboleta” e viu Marcelo Nicácio marcar para o Fortaleza.

No último sábado, em Campinas, a história praticamente se repetiu. Ao tentar interceptar uma cobrança de escanteio, Ney calculou mal o tempo de bola e Dezinho subiu sozinho para marcar o segundo gol da Ponte Preta.

Ney demorou a “assimilar o golpe” e em lances seguintes mostrou-se inseguro. Só conseguiu recuperar o equilíbrio na fase final, quando a equipe se acertou e partiu atrás do empate, conquistado apenas no último lance do jogo. A possível troca de goleiros deverá ser o tema principal da reunião de rotina entre comissão técnica e diretoria.

Caso Zé Carlos seja confirmado como o novo titular da posição, será o quarto goleiro a vestir a camisa tricolor nesta temporada. Num ano marcado até aqui por grandes oscilações, o Paraná já teve Felipe – hoje titular do Santos – (2 jogos), Rodolfo (16) e Ney (28).

Em 46 jogos disputados, entre Paranaense, Copa do Brasil e Série B, já são 75 gols sofridos, uma média de 1,63 gol/jogo. Pior do que isso, em apenas nove partidas, o Tricolor não teve a sua meta vencida pelos adversários. Retrospecto que explica os altos e baixos do Paraná, ao longo de toda a temporada.

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