Ministério vê 2016 como chance de Brasil virar potência

Mais importante do que uma participação nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, os organizadores esperam que a realização do evento em 2016 deixe um grande legado de atletas para o País. Em palestra na Secretaria Municipal de Esportes de São Caetano do Sul, cidade do ABC Paulista, o secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, disse, nesta sexta-feira, que o Governo Federal fez um trabalho forte de investimento em conjunto com as confederações com o intuito de colocar o Brasil no grupo das grandes potências também nos esportes amadores para o futuro.

Leyser vê o Brasil com um projeto ambicioso para ter um grande desempenho nos Jogos e ganhar notoriedade em diversos esportes. “Alteramos a legislação, criamos programas e reformamos vários locais com o intuito de colocar o Brasil entre os 10 primeiros em números de medalhas nos Jogos Olímpicos e entre os cinco nos Paralímpicos. Não queremos ser uma Jamaica. Seremos potência se ganharmos em várias modalidades”.

Para o secretário, o Brasil não deve se preocupar apenas com o desempenho na Olimpíada. “Não é só na Olimpíada que devemos ter grande desempenho. Temos que manter o nível em Mundiais, Jogos Pan-Americanos e qualificar não só os atletas, mas também os treinadores e comissão técnica”.

Além disso, Leyser pede mais organização por parte dos dirigentes das federações e exalta o trabalho feito pela administração atual do Ministério do Esporte, comandada por Aldo Rebelo. “Os diretores das confederações devem melhorar suas gestões. Antigamente cada federação tinha sua política feita de forma individual. Hoje fizemos uma ligação entre municípios, Estados, Forças Armadas e as entidades.”

O secretário justifica o alto investimento realizado pelo Governo Federal em atletas por conta da realização da Olimpíada no Brasil. “Conquistar o direito de sediar os Jogos de 2016 nos deu mais investimentos na busca por títulos. Só neste ano foram 1 bilhão e 300 milhões de orçamentos públicos”, afirmou, dizendo que além de programas como o Bolsa Atleta, parte desses investimentos também foram realizados na compra de produtos para clubes privados como o Pinheiros, Minas Tênis Clube e o Tijuca.

Mesmo dizendo que o Brasil tem condições de brigar por medalhas em 23 das 28 modalidades dos Jogos Olímpicos do Rio, Leyser vê o evento de 2016 como um legado para o País virar potência. “2016 é um ponto importante, mas não o final. É o primeiro passo de uma história. Não queremos parar no tempo como alguns países”, afirmou, citando jovens atletas como Marcus Vinicius D’Almeida (tiro com arco), Matheus Santana (natação), Orlando Luz (tênis) e Bruno Caboclo (basquete).

HOMENAGEM – São Caetano não foi escolhida à toa para o evento. Cidade que abriga a maior parte das equipes de ginástica, tênis de mesa e tae kwon do, o município é uma das grandes referências no esporte amador do Brasil e aproveitou a ocasião para homenagear o Ministério dos Esportes. Medalhista de ouro em Londres e vice-campeão no mundial nas argolas, o ginasta Arthur Zanetti entregou placa, também em nome da prefeitura a Leyser pelo investimento de R$ 30 milhões, que serão liberados pelo Governo Federal após as eleições.

Depois de críticas no começo do ano feitas por Zanetti, que alegou que o ginásio da cidade da qual treina não tinha equipamentos suficientes e em bom estado para atender às demandas necessárias, o prefeito da cidade, Paulo Pinheiro, foi atrás do Ministério do Esporte. “Para melhorar a condição do esporte em São Caetano do Sul, fomos procurar ajuda e iremos melhorar ainda mais o esporte na cidade”, afirmou o político, que deve investir o dinheiro no centro de ginástica e também em reformas no Estádio Anacleto Campanella, que abriga jogos do time local.

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