McLaren pensa no escudeiro de Alonso

Com Juan Pablo Montoya fora do caminho, a McLaren começa hoje a escolher quem será o companheiro de equipe de Fernando Alonso no ano que vem. A saída do colombiano para a Nascar permitiu ao time prateado iniciar com bastante antecedência seu "vestibular" para 2007. O primeiro candidato é Pedro de la Rosa, seu piloto de testes, que disputa o GP da França, domingo. Hoje ele já participa dos treinos livres a partir das 6h de Brasília.

O espanhol foi confirmado apenas para a prova de Magny-Cours. "Por enquanto, é o que me disseram", falou o piloto, que no ano passado correu pela McLaren no Bahrein, no lugar de Montoya, e foi bem, terminando em quinto lugar e cravando a melhor volta da corrida. "Mas eu gostaria de ficar até o fim da temporada."

Só que os planos de Ron Dennis e da Mercedes não são necessariamente os mesmos de De la Rosa. A equipe tem dois nomes na ponta da agulha, jovens que vêm se preparando há bastante tempo para qualquer eventualidade. O primeiro é Lewis Hamilton, que lidera a GP2 e é o atual campeão europeu de F-3. Além de muito talentoso, Hamilton tem um apelo especial: pode ser o primeiro piloto negro da história da F-1.

O outro é Gary Paffett, que defendeu a Mercedes no DTM (campeonato alemão de turismo) e atua como segundo piloto de testes da McLaren. Suas chances, no entanto, são menores que as de Hamilton. Ambos são ingleses. É provável que De la Rosa vá ficando por conta da simultaneidade da F-1 com a GP2, já que a categoria faz preliminares, em rodadas duplas, dos GPs na Europa. Mas as últimas três corridas do ano (China, Japão e Brasil) acontecem depois de encerrada a GP2, e aí Hamilton poderia ser escalado.

Qualquer que seja o escolhido para 2007, saberá que seu papel será o de escudeiro de Alonso, a grande aposta da McLaren para o futuro. Em 2002, o time chamou Kimi Raikkonen, maior promessa da época, mas o finlandês não conseguiu ser campeão. Kimi está de saída, para Ferrari ou Renault. Ainda depende da decisão de Michael Schumacher, com quem não quer dividir o cockpit vermelho.

"Superpole" perde cinco minutos

A partir de amanhã, os dez pilotos mais rápidos da classificação terão apenas 15 minutos para definir as primeiras posições do grid de largada. A redução de 5 minutos foi aprovada pelo Conselho Mundial da FIA, já que a "superpole" vinha sendo uma atração ruim para a TV.

Eram 20 minutos de pista, mas apenas nos últimos 5 os carros aceleravam para valer, já que eles iniciam a sessão com muita gasolina no tanque, a mesma quantidade que será usada na largada da corrida. Nos primeiros 15 minutos, ficavam apenas queimando combustível.

Outra mudança aprovada foi a validação das voltas abertas antes de zerado o cronômetro nas duas primeiras partes da classificação. (FG)

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