McLaren inicia domínio na F-1

São Paulo – O ano começou com uma equipe, a Renault, sendo chamada de ?Ferrari azul?, depois de quatro vitórias seguidas de Fisichella e Alonso. Mas em Barcelona a coisa mudou. E, ainda usando a equipe italiana como referência, já que papou os últimos seis títulos mundiais de construtores, pode-se dizer que agora é a hora e a vez da ?Ferrari prateada?.

A McLaren ganhou três das últimas quatro corridas, e só não venceu mais uma, em Nürburgring, porque Kimi Raikkonen estourou a suspensão na última volta. Ontem, em Indianápolis, o time de Ron Dennis deu mais uma demonstração de força. Eram treinos livres, sim, que não valem nada. Exceto para mostrar, em pistas que são raramente usadas, caso da americana, quem começa um fim de semana de GP realmente na frente.

Os prateados fizeram primeiro e segundo tempo, com Juan Pablo Montoya à frente de Raikkonen, que luta mais diretamente pela taça em 2005 ? está 22 pontos atrás de Alonso. O colombiano cravou 1min11s118 contra 1min11s228 de seu parceiro finlandês. Depois deles apareceram, de surpresa, os dois pilotos da Ferrari, que vêm tendo uma temporada, no mínimo, irregular.

O susto do dia foi de Ralf Schumacher, da Toyota. No início do segundo treino de ontem, o alemão escapou na curva 11, que vem a ser a primeira do oval no sentido contrário, e bateu exatamente onde no ano passado se arrebentou com a Williams. Ficou mais de três meses parado por conta de fraturas em duas vértebras.

Ontem, o acidente foi menos impactante. Ralf saiu do carro sozinho, meio grogue, é verdade, mas a Toyota informou que ele corre normalmente. Hoje volta à pista a partir das 11h (de Brasília) para novos treinos livres e, às 15h, parte para a classificação, que define o grid do GP dos EUA, nona etapa do mundial.

Massa na Ferrari

No paddock de Indianápolis, surgiu a especulação de que Felipe Massa vai testar um carro da Ferrari no fim do ano. Não se fala em data nem local, embora se deduza que deva ser em alguma das pistas particulares do time vermelho.

Massa tem a carreira empresariada por Nicolas Todt, filho do diretor-geral da Ferrari. Já foi piloto de testes da equipe em 2003 e foi colocado na Sauber pelas relações quase viscerais que a escuderia suíça tinha com Maranello.

Felipe é a aposta de Jean Todt para substituir Rubens Barrichello, que após o episódio em Mônaco e seus decorrentes desabafos não é visto com bons olhos. Barrichello já disse que pretende honrar seu contrato até 2006. O dirigente, por sua vez, trabalha para colocar Massa ao lado de Schumacher no ano que vem.

Ralf nega declaração a tablóide alemão

Depois de ouvir um ?cala a boca? público do irmão, Ralf Schumacher falou que nunca disse ao jornal alemão Bild que a aposentadoria do piloto da Ferrari estaria próxima. Segundo o tablóide, o piloto da Toyota teria afirmado que o heptacampeão estaria sem motivação diante dos maus resultados.

?Por sorte temos tudo gravado e esta entrevista nunca aconteceu. Não sei o que foi escrito, mas definitivamente não foi algo que eu tenha dito?, falou Ralf. ?O mais estranho é que sequer mencionamos Michael. Estávamos falando da Ferrari, a pergunta era se este momento ruim era culpa da Bridgestone e eu falei que não deveria ser falha somente da Bridgestone.

Foi isso?, completou o piloto da Toyota.

Irritado com o burburinho provocado pela entrevista, Schumacher respondeu duramente ao caçula. ?Sinceramente, acho que ele tem outras coisas para pensar e falar?, disse em Indianápolis.

Voltar ao topo