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| Willie Davids está interditado, |
O Coritiba ainda não sabe qual será sua casa para 2005. Apesar da diretoria contar com a ajuda do prefeito eleito de Maringá, Sílvio Barros, que prometeu reformar o Estádio Willie Davids, não é certo que o Coxa irá ao Norte do Estado jogar o campeonato paranaense e a Copa do Brasil.
Caso isto não aconteça, Cascavel é a opção mais plausível.
A diretoria alviverde continua apostando na prefeitura de Maringá. O estádio Willie Davids está interditado pela Vigilância Sanitária há dois meses, e seria necessária a recuperação dos espaços comuns do estádio para que ele seja liberado. Este investimento teria que partir da prefeitura, e isto depende não de uma decisão de momento, mas de um posicionamento de Sílvio Barros, que assume no dia 1.º de janeiro.
A princípio, interessa para Maringá receber o Coritiba, mas cada lado espera uma contrapartida. Para os coxas, seria interessante receber uma cota fixa (que poderia vir através de passagens e estadia na cidade) em troca da bilheteria dos jogos. Para a prefeitura, um auxílio nas obras do Willie Davids viria a calhar. As duas partes estão perto de um acordo, mas ele só deverá sair oficialmente em 2005.
Se não der certo o "projeto Maringá", o Coritiba teria que ir um pouco mais longe, e para o Oeste. Cascavel, que não tem nenhum clube na primeira divisão do futebol paranaense, seria o local ideal para o Coxa mandar seus jogos. Afinal, além de ser um local até mais "neutro" que Maringá, o Estádio Olímpico Regional está pronto para ser utilizado. Só que a distância de Curitiba até a cidade pesa, e a neutralidade de Cascavel pode ser mais um empecilho financeiro para o clube, que teme por prejuízos no já deficitário campeonato paranaense. "Para nós do futebol, onde for escolhido nós iremos", avisa o gerente de futebol Oscar Yamato, que não acompanha esta definição, que está sob responsabilidade da direção administrativa do Coritiba.
Por enquanto, apenas uma partida do Coritiba está confirmada, e com local definido – o jogo de estréia da equipe, e que abre a competição, acontece no dia 19 de janeiro, contra o Engenheiro Beltrão, no Pinheirão. Será uma rodada dupla, com o Paraná jogando logo depois contra o Roma de Apucarana. As treze partidas restantes do Coxa na primeira fase do paranaense não foram oficializadas, assim como o jogo de volta da fase preliminar da Copa do Brasil, contra o CFZ de Brasília, que está marcado para o dia 16 de fevereiro.
Perda de jogadores frustra o técnico Antônio Lopes
Passou a primeira semana de "entressafra" e o Coritiba ainda não anunciou nenhum reforço. Os quatro jogadores contratados (Marquinhos, Marciano, Marcelo e Luís Carlos) foram oficializados até domingo. Nos últimos dias, muitos contatos foram feitos, e o Coxa não conseguiu avançar em nenhum deles. Além disso, os jogadores que precisavam renovar seus contratos estão indo embora definitivamente.
É o que está acontecendo com Alemão e Ataliba. Sem vontade (e sem dinheiro) de participar de "leilões" por jogadores, a diretoria preferiu encerrar negociações, sob a alegação que as respostas destes atletas acabaram não vindo para o Coxa. A saída deles frustra os planos do técnico Antônio Lopes, que tinha os dois como prováveis titulares para a temporada 2005.
Isso abre caminho para os jovens jogadores do Cori, como Márcio Egídio e Pepo, e até mesmo para Reginaldo Vital, que pode ganhar a chance de jogar, enfim, em sua posição de origem. "Eu sempre joguei como segundo volante, e espero ter a oportunidade de atuar assim em 2005", comenta Vital, que jogou como armador durante o brasileiro.
Enquanto isso, Reginaldo Nascimento continua avaliando as propostas que tem, inclusive as do Coritiba. "Nós vamos esperar, porque ele pediu um tempo para pensar. Ele quer avaliar o que é melhor para a família", afirma o gerente de futebol Oscar Yamato. E como o mercado está restrito, ainda mais às vésperas do Natal, até mesmo o responsável pelas contratações do Coritiba aproveitou para viajar para o litoral.