Maria Esther e Guga se encontram no Sauípe

Costa do Sauípe, Bahia – De um lado, Maria Esther Bueno, três vezes campeã de Wimbledon e quatro no US Open. Do outro, Gustavo Kuerten, tricampeão de Roland Garros e ex-número 1 do mundo. Os dois maiores nomes da história do tênis brasileiro marcaram encontro para hoje no Brasil Open, na Costa do Sauípe. A idéia é aproveitar o maior evento de tênis do País, para promover a modalidade, não só com disputas na quadra, mas também clínicas. Uma delas, inclusive, será dada pela própria Maria Esther.

A história de Estherzinha, como era chamada pelos brasileiros, e Maria Bueno, como é conhecida no mundo do tênis, é de venerado sucesso. Em 1958, saída das quadra do Clube Tietê, com algumas raquetes na bagagem e um grande sonho partiu para a Europa. Logo mostrou seu estilo exuberante, de bater na bola com incrível habilidade e rapidez para transfomar-se na melhor tenista do planeta. Foi número 1 do mundo em 1959, 60 e 64.

Pelo seu talento, jeito de ser, costumes, Estherzinha transformou-se em rainha do tênis. Nos anos 60 dominou este esporte e levou a personalidade meiga e tímida de Maria Bueno a ser conhecida em todo mundo. Com a raquete na mão, conquistou inúmeros títulos e assim como Pelé chegou a ser eleita uma vez a “atleta do ano”, em 1959.

É até difícil de se acreditar. O povo tem mesmo memória curta. Mas a menina quieta que andava pelas quadras do Clube Tietê, no bairro de Santana em São Paulo, batendo bola com qualquer um, homem, mulher, rebatedor, treinador, enfim quem aparecesse na sua frente, transformou- se numa das maiores tenistas da história Na quadra, Maria Bueno era uma mulher exuberante. Tinha um estilo arrojado. Poucos tenistas ousariam bater na bola como ela.

Pegava ainda na subida, inprimindo força, velocidade, numa mecânica que exige talento nato. Não se aprende isso, nem com muito treino. Aliás, ela jamais teve aulas de tênis. Aprendeu sozinha, batendo bola desde os cinco anos de idade contra meninos mais velhos ou até mesmo adultos.

No Brasil, a nossa Estherzinha nem sempre é lembrada. Tímida, não gosta de aparecer. Não vai a programas de televisão, fala pouco no rádio, quase não dá entrevistas. É o seu jeito de ser, sem jamais demonstrar arrogancia ou antipatia. Apenas uma opção.

Calleri e Horna se enfrentam na semifinal

Costa do Sauípe

– O argentino Agustín Calleri ratificou ontem a fama de favorito na Costa do Sauípe e se classificou com dificuldades para a semifinal do Brasil Open. O cabeça-de-chave 4 derrotou, desta vez, o compatriota Juan Ignacio Chela por 2 sets a 1, com parciais de 6/3, 3/6 e 6/3.

Com a vitória, Calleri se classifica pela segunda vez à semifinal do Brasil Open, competição na qual chegou à penúltima rodada em 2001. Naquela oportunidade, desperdiçou a chance de fazer a final ao perder para o brasileiro Fernando Meligeni.

No duelo de ontem, Cal-leri precisou lutar contra altos e baixos para garantir vaga na semifinal. No primeiro set, jogando de modo agressivo, obteve uma quebra no quarto game, mas perdeu o saque em seguida. A definição veio por 6/3, após nova quebra no oitavo game.

Na segunda parcial, porém, o número 21 do mundo não manteve o ritmo e viu Chela se encher de confiança. No sexto game, não só perdeu o serviço no sexto game, como também a cabeça, atirando a raquete seguidas vezes ao chão. Apenas no terceiro, depois de novo início instável, conseguiu ratificar sua superioridade no placar e marcar novamente 6/3.

Calleri busca agora uma vaga na decisão contra o peruano Luis Horna, que mais cedo despachou o espanhol Galo Blanco por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 7/6 (7/4). Contra o 68.º colocado no ranking de entradas, o argentino jogou três vezes e saiu vitorioso em todas elas. O peruano, por sua vez, busca sua primeira final em torneios da ATP.

Teliana avança no Uruguai

Montevidéu, Uruguai

– A tenista paranaense Teliana Pereira alcançou a semifinal do “Uruguay Bowl”, ao bater na tarde de ontem, por 6/4 e 6/3, a argentina Betina Jozami, cabeça-de-chave número um e principal favorita da VII Etapa do Circuito Cosat, que está sendo realizado em Montevidéu, capital uruguaia.

Na semifinal, valendo vaga à final, Teliana enfrentará a russa Evgeniya Rodina, que sagrou-se campeã da última etapa disputada no Chile, no qual Teliana enfrentou a russa na semifinal, com derrota da paranaense por 3/6, 7/5 e 7/5, em jogo que durou aproximadamente duas horas e meia.

“É tudo pedreira. No Chile joguei bem com a russa mas perdi. Hoje, contra a argentina, joguei bem e venci. Amanhã vou dar o máximo de mim para superar a russa desta vez”, disse a tenista já pensando na difícil batalha que terá para alcançar sua primeira final do Circuito Cosat na categoria 18 anos.

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