Malucelli esclarece negociatas de Petraglia

A venda do lateral-esquerdo Alex Sandro para um grupo de investidores foi esclarecida ontem pelo presidente atleticano Marcos Malucelli e desencadeou mais um capítulo da briga política que envolve o atual presidente e o ex-mandatário Mário Celso Petraglia.

Ontem foi a vez de Malucelli expor alguns detalhes que envolvem a administração do ex-presidente, que grande parte dos torcedores não tem conhecimento e que respingam na sua direção. Dentre eles a participação de Petraglia na negociata de jogadores, através de procuradores que outrora foram funcionários do Furacão.

Segundo Malucelli são tantos assuntos envolvendo o ex-presidente que uma entrevista coletiva está sendo agendada para tratar de temas como finanças (balanço anual), a venda de Alex Sandro, participação dos parceiros nas propriedades do Atlético, a obrigatoriedade de comprar cadeiras sempre da mesma empresa, placas de Timemania e diversos outros assuntos, mas todos com ligação direta ao Petraglia.

“Isso será feito para o torcedor saber onde está pisando, porque tem um velho ditado quem te conhece que te compre”, disse Malucelli, complementando que não concorrerá a reeleição.

1) Empresários que se beneficiaram de ter trabalhado no Atlético na gestão Petraglia

Além do zagueiro Ronaldo (que deixou o clube para jogar no Internacional) há outros jogadores dentro do Atlético ligados a esse empresário. Alexandre Rocha Loures era funcionário do Atlético e agente Fifa.

Nessa condição e por indicação do Atlético ele teve diversas procurações de jogadores, notadamente da base. Eles davam a procuração porque ele era funcionário do Atlético.

Quando saiu do clube, levou todo esse acervo de procuração. Assim esses jogadores passaram a ter um agente, que passou a comandar a carreira deles. Ele tem procuração de diversos atletas nossos, que deveria ter deixado no clube quando saiu.

2) Venda de Alex Sandro e CAPA- clube que passou a ganhar porcentagem de jogadores rubro-negros na era Petraglia

Um conselheiro reclamou ao Petraglia sobre a venda de Alex Sandro e ele respondeu (por e-mail) que o problema não era a venda, mas que a atual gestão não valorizava os pratas-da-casa.

Disse que o Alex Sandro só ficava no Atlético por causa dos procuradores. Disse que pagávamos pouco na renovação de luvas (50 mil) e que o jogador teria que sair do Atlético porque iria para o Santos ganhando 5 vezes mais.

Mário Celso concordou que o jogador deveria sair porque era pouco valorizado e que essa era a forma que a administração atual avaliava o patrimônio do clube. Isso que foi dito pelo Petraglia não é verdade.

Antecipamos a renovação de contrato e demos R$ 100 mil ao jogador de luvas. Divido 50 mil para Atlético e 50 mil para o CAPA, que entrou de gaiato na divisão do jogador (30%).

Esse CAPA é um clube que o Mário Celso levou para dentro do Atlético. E todos nossos jogadores de idade infantil foram passados para o CAPA, porque o Mário Celso resolveu que não teríamos mais infantil.

O CAPA passou a ser proprietário de 30% dos jogadores. O Alex Sandro, por exemplo, foi para o CAPA e voltou um mês depois, mas com 30% a menos para o Atlético. Isso sim é uma forma de desvalorizar o patrimônio do clube.

3) Participação de Petraglia na venda de Alex Sandro e ganhos indiretos de pessoas ligadas a ele

Mário Celso entrou em contato com o Ênio Fornea Jr, nosso vice-presidente, através do filho, que informou que seu pai tinha uma negociação para o Alex Sandro com um grupo de investidores.

Ênio me trouxe essa notícia e a princípio não gostei, porque já havia recebido uma proposta pelo garoto através do agente Fifa Gustavo Arribas, no valor de 2 milhões de euros por 100% dos direitos federativos e econômicos. Mais tarde dia 26, teve esse telefonema (acima citado).

O Ênio entrou em contato com o Mário Celso que disse estar intermediando a proposta do grupo estrangeiro de 2 milhões e que poderia chegar a 3 milhões de euros. O Ênio é quem toca a nossa parte financeira e sabe mais sobre as obrigações do clube e achava que esse dinheiro à vista seria interessante, para manter o clube e trazer tranquilidade para administração.

O CAPA tentou vetar a venda devido aos 30% que detêm do Alex, mas eles não podem vetar nada porque hoje o Atlético é detentor de 100% dos direitos federativos de todos os seus jogadores.

Vendemos nossos 70% por 2 milhões de euros e fomos comunicados que a venda sairia por 2,2 mi porque 200 mil seriam repassados aos agenciadores. O Petraglia foi quem propôs a negociação e possivelmente o representante do grupo de investidores.

Então vamos repassar 200 mil euros aos representantes indicados por Petraglia, que são 130 mil para uma empresa chamada Profi, que pertence ao Carlinhos Sabiá e 70 mil aos empresários, que são nossos ex-funcionários. E

ssa é a realidade e demonstro a quem quer que seja. Não posso aceitar insinuações como as de Mário Celso que faz no site que ele se propôs a propagar.

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