O Atlético se despediu do Campeonato Paranaense ontem com vitória sobre o Rio Branco por 3 x 1, em Paranaguá e agora passa a ter Copa do Brasil como seu maior objetivo e oportunidade de apagar o mau começo de ano, com a perda do estadual.
O placar bom não refletiu o que foi a partida: fraca tecnicamente, sem muita emoção ou superioridade absoluta do Furacão. Um dos poucos titulares em campo, Madson foi o destaque ontem depois de passar por uma semana desconfortável com puxão de orelha do técnico Adilson Batista, que não gostou da sua reapresentação atrasada após o Atletiba.
Mas ontem, Madson mostrou em campo que é mesmo um dos jogadores mais importantes do elenco e foi autor dos dois gols da virada do Atlético sobre o Leão da Estradinha, com Paulinho fechando o placar.
O Rio Branco saiu na frente, aos 14 minutos, com um belo gol de Negreiros, que bateu de primeira, fazendo 1 x 0, mas a reação do Rubro-Negro começou ainda no primeiro tempo.
Madson, oportunista, estava rente a linha de gol, quando apenas desviou a bola chutada pro Héverton, com 28 minutos, empatando o jogo em 1 x 1. No segundo tempo, mais uma vez Madson fez a diferença.
Com 13 minutos ele virou para o Atlético. Passou por três defensores do Rio Branco, tabelou com Lucas e bateu no canto esquerdo do goleiro: 2 x 1. Paulinho, em cobrança de falta, ainda marcou mais um, aos 38 minutos, fechando o jogo em 3 x 1.
Mas no primeiro tempo, o jogo não passou disso. E o jogo mais parecia um amistoso com o Atlético desfigurado enfrentando o Rio Branco. A equipe de Paranaguá tinha muito mais interesse no resultado por conta do julgamento que enfrentará na terça-feira pela escalação irregular do meia-atacante Adriano de Oliveira Santos.
Quanto mais pontos de vantagem para o Paraná melhor em caso de punição com perda de pontos e assim se manter na principal divisão do Paranaense. Mas não teve competência para vencer em casa.
Já para o Furacão, a partida foi mais de observação para Adilson Batista. O treinador poupou seus principais jogadores para o jogo com o Vasco, na próxima quarta-feira, no primeiro confronto das quartas de final da Copa do Brasil.
Sem nomes importantes como Paulo Baier, Guerrón e Adaílton, o Furacão pecou muito nas finalizações. Mesmo com boa movimentação, o time não conseguia chegar ao gol adversário, errando muito no último toque.
O Rio Branco, time com uma qualidade técnica nada convincente, não conseguiu aproveitar as fragilidades do Rubro-Negro fazendo a partida ficar ainda mais apática.
E Adilson Batista teve dificuldades para organizar seu time. Com um grupo sem entrosamento, o trabalho à beira do gramado foi dobrado, mas as orientações funcionaram e, ainda que em uma partida nada atraente, o Furacão conseguiu aproveitar a superioridade técnica sobre o adversário garantindo a vitória.