Macuglia avalia fatores que tiraram Paraná Clube do G4

O Paraná Clube tem somente mais três oportunidades para dar um basta à “síndrome paulista”. Até o fim da temporada, o time do técnico Guilherme Macuglia ainda encara Barueri, Guarani e Bragantino. Porém, o Tricolor não pode adiar a quebra desse tabu, sob o risco de conviver com uma pressão maior em relação à zona da degola. Um quadro preocupante para quem figurou no G4 durante todo o 1.º turno, mas passou o returno inteiro apenas marcando passo.

Para a comissão técnica, a situação atual do Paraná é reflexo de uma junção de fatores, que vão das dificuldades financeiras à série de lesões que “quebraram” o conjunto paranista. “Você fica, muitas vezes, de mãos atadas, com poucas opções”, lembrou Macuglia, que em alguns jogos recentes teve dificuldades até para formatar uma relação com dezoito jogadores. “Além disso, perdemos muitos pontos bobos jogando em casa”, completou o treinador, logo após o empate com o São Caetano, quando o Tricolor totalizou 22 pontos desperdiçados na Vila Capanema.

Desde a chegada de Macuglia, há um mês e meio, o Paraná não perdeu nenhum jogo em casa. Porém, só venceu dois dos seis confrontos realizados (Náutico e ASA). Os empates contra Goiás, Vitória, Criciúma e São Caetano “frearam” qualquer tentativa de arrancada do Tricolor nesta Série B. O reflexo disso são os 6 pontos de distância para a área de acesso e a perigosa vantagem de somente cinco pontos para o Icasa, o primeiro time a integrar o indesejável ZR. “Temos que reconhecer, com mais uns quatro ou cinco pontos estaríamos muito vivos nesta briga. Temos é que sair imediatamente dessa situação em que nos colocamos”, admitiu o zagueiro Flávio Boaventura.

Apesar de caminhar no “fio da navalha”, os jogadores mantém um discurso de otimismo, prometendo luta até o fim na briga pelo topo da tabela. “Enquanto houver esperança, temos que lutar”, completou o zagueiro.