Lopes afirma que não há favorito em clássicos

O técnico Antônio Lopes já soma 113 jogos no comando do Atlético. Mas quando o assunto é Atletiba, o Delegado tem, à frente do Furacão, tem o mesmo número de clássicos que Marcelo Oliveira no comando do Coritiba. Em cinco passagens pelo clube, ele disputou apenas três jogos contra o Coxa.

Marcelo Oliveira, que chegou este ano ao Coritiba e completará seu 72.º jogo, tem o mesmo número de Atletibas, mas com aproveitamento melhor. O comandante do time alviverde tem duas vitórias e um empate contra uma vitória, um empate e uma derrota do Delegado.

Com tantos anos de experiência no futebol paranaense, foi pelo Coritiba que Lopes disputou mais Atletibas. Foram sete jogos, com duas vitórias, três empates e duas derrotas, entre os anos de 2004 e 2005. Experiente em clássicos, vivenciando os dois lados do encontro, Lopes destaca que, independentemente do clube que esteja dirigindo, o emocional é muito forte.

Assim, ele avalia que mesmo em condições melhores no Brasileirão o Coxa sofrerá tanta pressão quanto o Furacão, que define sua permanência na Série A no domingo. “É igual. O que eles enfrentam lá, vivem lá, é a mesma coisa que o Atlético vive aqui. A semana que antecede o jogo é de muita preocupação e ansiedade. Todos ficam com os nervos à flor da pele. Lá é igual aqui”, disse Lopes.

Pelo Furacão, o último Atletiba do Delegado foi em 2010, pelo Campeonato Paranaense, na Arena da Baixada, em jogo que acabou no empate por 1 x 1. Do time atual do Furacão, considerado somente o titular, há dois remanescentes daquele clássico: Manoel, que fez o gol do empate, e Paulo Baier, que retornava aos gramados após quase dois meses parado.

Mas para o Delegado nada disso importa. O que vale é o jogo atual e, por isso, ele não leva em consideração nenhum número ou retrospecto, apesar de ser um treinador supersticioso. Lopes também não acredita que a fase que o Coritiba vive, estando no lado oposto da tabela de classificação, seja vantagem para o jogo de domingo. O Atletiba acaba com qualquer desigualdade entre os dois times. “Clássico é clássico. Não tem essa de uma equipe ser mais qualificada que a outra. Quando começa o jogo é tudo igual”, destaca o treinador do Furacão.