Realização de um sonho

Leitor comenta sobre a sua experiência como editor

Das páginas da Tribuna que lia quando pré-adolescente, ao entrar na redação lembrei na hora das célebres coberturas e capas do carnaval curitibano (sim, tivemos carnaval aqui pelas Araucárias, aliás, tivemos as ‘Bem Boladas’), das Plumas e Paetês da saudosa Soninha Nassar, das ‘Dicas do Charles’, e descobri quem é o Darta (uma cláusula de confidencialidade me proíbe de dizer quem é).

São 21h e o pessoal continua trabalhando, editando, trocando ideias e conferindo tudo o que foi definido nas reuniões ao longo do dia. Participei da última – a de fechamento do jonal – e o mais incrível, pude inclusive palpitar! Pelo jeito, meu escolhido para aparecer na capa – o crime passional de um ex-presidiário, que planejou durante um ano como iria assassinar o amante de sua companheira – um ano para optar pelo mais simples: atirar na vítima (isso é que é planejamento!), não comoveu os editores.

O que impressionou foi a agilidade no trato das informações. Por mais que possamos nós – os leitores – assistir filmes e documentários cujo tema seja uma redação de jornal, a prática mostrou uma complexidade que tem que ser administrada pelos profissionais, que vai desde as notícias e suas avaliações, da parte de diagramação, das necessidades de espaços comerciais, colunas fixas que devem ser respeitadas e, ainda, as singularidades que se apresentam no dia a dia, que podem mudar tudo o que fora tratado, no último momento antes do fechamento do jornal.

Isso que me foi mostrado pacientemente por todos, cada qual na sua editoria, para um ser leigo em jornalismo como eu, vai muito além do que mostrava um Perry White com seu repórter Clark Kent no Planeta Diário, ou J.J. Jameson com o fotógrafo Peter Parker, no Clarim Diário. Foi um aprendizado sensacional.

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