Jadel trava e fica em sexto

Helsinque – Mais uma vez, a decepção marcou a passagem do triplista Jadel Gregório, de 24 anos, por uma competição importante, que valia medalhas para o Brasil. Ontem, foi o sexto no salto triplo do Mundial de Helsinque, na Finlândia, com 17,20 m, contra rivais que já bateu várias vezes na temporada.

Não pôde nem chegar perto do feito de Adhemar Ferreira da Silva, que, no mesmo estádio, ganhou o primeiro ouro olímpico para o atletismo brasileiro, em 1952. Jadel pediu desculpas aos que esperavam medalha, agradeceu a torcida, disse que estava muito bem preparado, que teve o que precisou. "Hoje, não era o meu dia", resumiu.

A medalha de ouro ficou com Walter Davis (17,57m), dos EUA, de prata com Yoandri Betanzos (17,42m), de Cuba, e a de bronze com Marian Oprea (17,40m), da Romênia. Jadel foi sexto colocado no Mundial Indoor de Birmingham, quinto no Mundial de Paris (em 2003), mesma posição de Atenas (2004). E ficou muito longe, ontem, de resultados como a segunda melhor marca da temporada (17,73m) no mundo ou o salto que valeu ouro do Super Grand Prix de Estocolmo, uma semana antes do Mundial (17,48m).

Na arquibancada, pertinho da ‘caixa’ de saltos, a mulher e fisioterapeuta Samra e o técnico Elson Miranda (do salto com vara, mas ajudando Jadel) acompanharam o drama de Jadel, que não fugiu. Passou pela zona mista, parou, enfrentou os questionamentos com tranqüilidade, embora demonstrando tristeza nos olhos.

Revezamento inicia luta por final

A equipe do revezamento 4x100m masculina tem duas importantes medalhas de prata, ganhas nas Olimpíadas de Sydney, em 2000, e no Mundial de Paris, em 2003 (a Inglaterra foi desclassificada por doping e o Brasil, que tinha o bronze, herdou a posição). Mas o time que corre neste Mundial de Atletismo de Helsinque, na Finlândia, é bem diferente.

Contusões e um obrigatório processo de renovação, trouxeram velocistas jovens – com os índices exigidos, mas sem experiência – como Jorge Célio, de 20 anos, Bruno Pacheco, 22, e Basílio Moraes, 23.

A preliminar do revezamento será hoje, às 13h (de Brasília). A final, no domingo, para as oito melhores seleções. O Brasil disputará a primeira série com Estados Unidos, França, Austrália, Jamaica e Finlândia. Escalada por Jayme Neto Jr., a equipe terá Cláudio Roberto Souza, Bruno Pacheco, Basílio Moraes e André Domingos. O técnico só pode definir essa equipe e as posições dos corredores, a partir dos últimos treinos.

"Trinidad e Tobago, Nigéria, Estados Unidos, Inglaterra e Jamaica são equipes que, atualmente, estão na nossa frente. Estamos renovando, para 2007 e 2008. Se esse grupo for à final será ótimo", afirma o técnico Jayme Netto Jr., descartando chances de medalha para o Brasil, diferentemente do Mundial de Paris.

O revezamento 4x100m feminino disputou apenas um Mundial, em Atenas (1997), em dez edições da competição. Definida  pelo técnico Katsuhyco Nakaya, a equipe terá Raquel Costa, Lucimar Moura, Thatiana Ignácio e Luciana Santos. A preliminar da prova será hoje, às 15h05, horário de Brasília.

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