Inter minimiza peso de empate e polêmica sobre pênalti

O Internacional empatou por 0 a 0 com o Fluminense, na noite da última quarta-feira, no Beira-Rio, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, em um jogo no qual o time gaúcho chegou a desperdiçar um pênalti. Após o duelo, porém, os jogadores da equipe minimizaram o peso do resultado, assim como o fato de que Dátolo desperdiçou a penalidade depois de o técnico Dorival Júnior ter pedido para o lateral Nei fazer a cobrança.

“Não vencemos, mas também não tomamos gol em casa. Lá (no Rio) vai ser um jogo diferente, eles (do Fluminense) vão ter que se abrir e podemos aproveitar”, afirmou o atacante Leandro Damião, que sofreu o pênalti cobrado por Dátolo.

Nei, por sua vez, também ressaltou a importância de o Inter não ter sofrido gols no Beira-Rio. “Na Libertadores é importante você não tomar gol em casa e foi o que aconteceu. A gente falou que, se não ocorrer a vitória, que seja um empate por 0 a 0 e foi o que aconteceu. O gol fora de casa vale dois e vamos buscar a classificação lá”, disse o jogador, para depois garantir que encarou com naturalidade o fato de Dátolo ter pedido para cobrar o pênalti, contrariando ordem de Dorival Júnior.

“A gente sempre treina pênalti, estou sempre treinando, o Dátolo também sempre treina e falou que estava confiante. Ele queria bater, infelizmente errou. E do mesmo jeito que ele errou eu também poderia errar. É um grupo, estamos juntos, e jamais iríamos brigar para bater”, enfatizou o lateral.

Nei ainda lembrou que, no empate por 1 a 1 com o Santos, no Beira-Rio, na fase de grupos da Libertadores, viveu situação semelhante quando pediu para cobrar uma falta e foi feliz ao convertê-la em gol. “Da mesma forma que contra o Santos eu pedi para bater a falta e estava confiante, o Dátolo me pediu para bater e eu disse: ‘Então bate'”.

Dorival, por sua vez, evitou polemizar sobre o pênalti perdido e lamentar de forma categórica o empate, embora admita que o Inter desperdiçou grande oportunidade de sair na frente no mata-mata da Libertadores. “Mesmo que fizéssemos uma vantagem de um ou dois gols, o jogo do Rio teria o mesmo peso e as mesmas dificuldades, e encontraríamos os mesmos problemas. Se foi um jogo muito disputado, e não teve merecimento (de vitória) de nenhum dos lados, ficou aquela sensação, em razão do pênalti, de que poderíamos ter feito gol, assim como o Fluminense teve oportunidades de fazer e não fez”, analisou, antes de explicar a polêmica sobre o pênalti.

“Dei a ordem para o Nei, pois as cobranças dele foram muito boas, muito consistentes. Mas ali no momento (da cobrança), quem se sentir mais confiante é natural que prevaleça, assim como o Nei já tomou a iniciativa de bater”, disse, para depois enfatizar: “Ali é uma decisão de momento”.