Inter ameaça entrar na Justiça Comum

Porto Alegre – Se não ultrapassar o Corinthians no campo, e nem da Justiça Desportiva, o Inter vai recorrer à Justiça Comum na derradeira tentativa de ganhar o Brasileiro deste ano.

O presidente do clube gaúcho, Fernando Carvalho, disse que serão esgotados todos os recursos nos tribunais esportivos, como exige o Código Brasileiro de Justiça Desportiva para cancelar a anulação de 11 jogos determinada pelo presidente do STJD, Luiz Zveiter. Mas depois disso, se for derrotado, levará o caso aos tribunais comuns, amparado em garantias constitucionais.

Carvalho considera que o adiamento, pelo STJD, da apreciação dos recursos do Inter, Santos e Cruzeiro contra a decisão de Zveiter, prevista para hoje e transferida para depois do final do campeonato, é mais uma coincidência que favorece o Corinthians nesta temporada.

Uma decisão favorável ao clube gaúcho nesta semana, durante a competição, poderia alterar o estado de espírito dos times. O Corinthians perderia quatro pontos e o Inter passaria a ser o líder, jogando suas duas próximas partidas para defender sua posição e não para alcançar o adversário.

Ressalvando que não acredita que juízes no campo e nos tribunais tenham agido deliberadamente para prejudicar o Internacional, Carvalho considerou que a força do Corinthians, time que tem grande torcida, dinheiro e presença constante na mídia, pode ter influenciado o inconsciente de quem toma decisões.

Ao comentar nota emitida pelo clube paulista na última terça, na qual foram relacionados erros de arbitragem a favor do Inter, Carvalho admitiu que seu time eventualmente é beneficiado ou prejudicado. "Mas eles (o Corinthians) são sempre beneficiados, numa sucessão de coincidências que desequilibrou o campeonato", reclamou.

Ao mesmo tempo em que luta contra a decisão de Zveiter nos tribunais, o Inter desistiu de contestar a arbitragem de Márcio Rezende de Freitas no empate por 1 a 1 contra o Corinthians, no domingo passado. "Recurso contra erro de fato era impossível", admite Carvalho, referindo-se à interpretação equivocada de Rezende.

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