O Cambé fez no final da semana passada um requerimento ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), alegando que o técnico Orlando Bianchini dirigiu o Iguaçu em pelo menos duas partidas da Divisão de Acesso mesmo estando suspenso. ?Nem ele nem o clube recebeu qualquer notificação do tribunal sobre essa tal suspensão?, afirma Otaviano da Silva Brito, diretor do Iguaçu.
O dirigente acha que a denúncia se deve a uma pequena confusão durante o jogo contra o Paraná Clube B, em União da Vitória.
?O árbitro expulsou o (técnico paranista) Ary Marques e mandou o Bianchini não sair da área técnica. Talvez tenham imaginado que ele foi expulso também?, arrisca Otaviano.
Para o Iguaçu, o time do norte do Estado quer apenas ?tumultuar? o campeonato. ?Perderam a vaga em campo por incompetência e querem achar uma brecha jurídica. Não vai dar em nada?, cutuca o diretor. A rivalidade entre as equipes já apareceu na fase anterior, quando o presidente do Cambé, Marcelo Caldarelli, deu uma cabeçada no próprio Bianchini, no melhor estilo Zinedine Zidane.
Com base num dispositivo do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o Cambé quer punição ao técnico e ao próprio Iguaçu – como perda de pontos ou remarcação das partidas em que Bianchini supostamente entrou em campo suspenso. O presidente do TJD, José Roberto Hagebock, disse que ainda não recebeu as súmulas dos jogos contestados pelo Cambé. Por enquanto, como não houve denúncia da procuradoria do tribunal, a primeira rodada da Divisão de Acesso está confirmada para o próximo domingo.
Tentando esquecer os problemas, o Iguaçu comemorou ontem seu 35.º aniversário. O clube, que esteve na elite paranaense entre os anos 80s e 90s, ficou oito anos afastado do profissionalismo. Na largada do quadrangular, contra a Portuguesa Londrinense, em União da Vitória, terá de volta o goleiro Leandro, considerado um dos destaques da equipe. Outro jogador importante, o atacante Gílson, disputa a fase final e se despede do clube – ele já foi negociado com o futebol português.