IBSA usa bolas do Pintando a Liberdade

Uma comissão formada por oito representantes da International Blind Sport Association (IBSA) – entidade que congrega desportistas com deficiência visual – se reuniu em Curitiba sexta-feira e ontem. O grupo formado pelos italianos Remo Breda e Luciana Bianchin, o espanhol Carlos Campos, o colombiano Enrique King e os franceses Emmanuel Chesseveur e Julian Zelela, foram recebidos pelos brasileiros Mário Sérgio Fontes e Antônio Menescal, para uma reunião onde seriam discutidas mudanças nas regras dos esportes agregados sob o “guarda-chuvas” da IBSA.

Entre os temas, a possível oficialização da bola produzida pelo Programa Pintando a Liberdade. A visita da comissão da IBSA veio a Curitiba para conhecer de perto o programa e verificar se a qualidade da bola fabricada pelo programa poderia ou não substituir as produzidas na Espanha, único país do mundo que fornece o material esportivo para o futebol praticados por cegos.

Segundo Mário Fontes, as negociações estavam se encaminhando para que a bola brasileira fosse aceita pela IBSA já no Mundial de Futebol que será disputado no fim deste ano, no Rio de Janeiro. A comissão da IBSA ficou reunida até o fim da tarde de ontem, num hotel do centro de Curitiba, e embarcaria no início da noite de volta a seus países de origem.

Pintando a Liberdade

O Programa Pintando a Liberdade foi criado no Paraná, em 1995. Dois anos depois, foi encampado pelo governo federal, através do Ministério do Esporte. Sete anos depois, o projeto atinge 12.700 detentos do Brasil, em 26 das 27 unidades da Federação. Segundo Gerêncio de Bem, gerente de projetos do Ministério de Esporte e Turismo, o Programa produz bolas e redes para todas as modalidades desportivas. São investidos R$ 11 milhões por ano, e a produção é de aproximadamente um milhão de ítens. Toda a produção é destinada ao fomento do desporto de base. “Não visamos lucro, mas geramos uma grande economia ao país, pois se o governo fosse adquirir estes produtos no mercado, iria gastar muito mais do que investe”, explica Gerêncio.

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