Honduras e Suíça entram em campo nesta quarta-feira, na Arena Amazônia, em Manaus, às 17 horas (de Brasília) para o “tudo ou nada” por uma das vagas do Grupo E. Os hondurenhos precisam assegurar sua primeira vitória na história das Copas do Mundo para tentar garantir sua vaga às oitavas. Para os suíços, até um empate pode garantir a classificação, desde que a França vença o Equador, no outro jogo decisivo da chave.
As equipes repetem o confronto da fase de grupos da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, quando Honduras também precisava de uma vitória para sonhar com as oitavas do Mundial. O confronto ficou no 0 a 0 e os dois times foram eliminados.
A maior preocupação das duas seleções é com o clima em Manaus, que pode beirar os 30 graus, com umidade relativa do ar chegando a 90%. Além disso, tanto Suíça, com 3 pontos, e Honduras, sem nenhum ponto, dependem muito do que vai acontecer no duelo entre França e Equador, no mesmo horário, no Maracanã. Caso a França vença o Equador, europeus e centro-americanos decidem a vaga no seu duelo. E isso é o bastante para que o técnico colombiano de Honduras, Luis Suárez, continue acreditando em sua equipe. “Enquanto existir uma possibilidade, não vamos abaixar os braços”, declarou. Para o lateral latino-americano Beckeles, a hora também é de dedicação total no duelo contra os suíços. “Ainda há uma oportunidade, pela qual vale a pena aceitar os riscos.”
A motivação hondurenha também se encontra no gol marcado contra o Equador, na derrota por 2 a 1. O autor do gol, Costly, reforçou que este feito tirou um peso da cabeça de toda a equipe, que marcou pela última vez no Mundial da Espanha, em 1982. “Quando marquei contra o Equador fiquei feliz, porque 32 anos já era muito tempo. Então, este mito foi destruído, uma maldição que vinha de longe”, revelou o atacante ao site da Fifa. Costly ressalta que o duelo será difícil, mas a equipe precisa acreditar até o fim. “A esperança é a última que morre. Sabemos que com a Suíça vai ser um confronto muito difícil porque conhecemos bem como eles jogam”, concluiu o hondurenho.
“EM NOSSAS MÃOS” – Os suíços, por sua vez, também estão confiantes para garantir a vaga nas oitavas com um bom resultado no duelo desta quarta, em Manaus. O time do técnico alemão Ottmar Hitzfeld chegou ao Brasil como cabeça de chave da Copa do Mundo, conseguiu uma vitória empolgante de virada na estreia contra o Equador (2 a 1), mas depois sofreu uma goleada desmoralizante contra a França(5 a 2), o que deixou dúvidas sobre a força dos europeus para passar à segunda fase neste Mundial. Mesmo com este retrospecto, Hitzfeld aposta na classificação. “Tudo está em nossas mãos. Apesar de tudo, temos uma boa oportunidade para nos classificarmos”, afirmou o treinador alemão.
Antes da derrota para a França, a Suíça havia perdido apenas uma vez em 18 partidas. Este fator é suficiente para manter a confiança dos jogadores suíços. “Nosso time é melhor do que o de Honduras. Além disso, acredito que fizemos por merecer a classificação. Queremos a vaga a qualquer custo e vamos demonstrar isso na partida contra eles”, analisou Xhaqa, autor do segundo gol contra a França. Para ele, a derrota para a França trouxe aspectos negativos mas também mostrou aspectos positivos do time suíço. “Já analisamos os erros e vamos jogar diferente”, destacou Xhaqa.
O atacante europeu também reforçou que o confronto contra Honduras será uma “final do Mundial” para a Suíça e ressaltou que os jogadores terão “de lutar e correr uns pelos outros para vencer porque não há mais o que dizer” nesta Copa. O maior desfalque suíço é o zagueiro Von Bergen, que foi cortado do Mundial depois de uma fratura no rosto no duelo contra a França.