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Geninho aceita a difícil missão de salvar o Atlético

Neste momento difícil que o Atlético atravessa – está na zona do rebaixamento e apresentando um futebol medíocre – somente um técnico poderia apaziguar os ânimos do torcedor atleticano: Geninho.

E o treinador, que foi campeão brasileiro pelo clube em 2001, vai encarar o desafio. Na noite de ontem, Geninho confirmou que vai dirigir o Furacão no restante do campeonato e trabalhar para tentar salvar o Atlético da Segundona. O eterno ídolo disse que foi procurado pela diretoria e que como o Atlético passa por um momento difícil não poderia se furtar a prestar ajuda.

“Não poderia deixar de aceitar esse desafio. Não poderia ser covarde e fugir. Sei que a situação é complicada, que é difícil, mas eu não iria deixar o Atlético nessa hora (…) Sei que o risco é grande agora. É um risco dizerem depois que o time caiu nas mãos do Geninho. Mas não poderia me omitir. O Atlético precisa de mim!”, afirmou ao site oficial do clube.

Outro detalhe que contribuiu para o rápido acerto é que desta vez Geninho estava desimpedido, sem contrato com nenhuma outra equipe. Nas outras duas vezes que foi procurado pelo Rubro-Negro, ele estava empregado – em 2004 estava na Arábia Saudita e em 2007, no Sport.

Desafio

O treinador contou que espera corresponder à torcida que sempre teve confiança nele, mas que não será fácil tirar o Atlético da ZR. “Teremos que fazer 14 jogos com aproveitamento médio de 60% para atingirmos um número que nos dê condições de sairmos dessa situação”, explicou.

O novo técnico disse que tem acompanhado os jogos do Furacão e que conhece alguns jogadores, porém seu maior contato será com Moraci Sant’Anna -profissional com quem trabalhou no Corinthians (2003).

Geninho tinha seu nome lembrado e gritado pela torcida toda vez que o Atlético trocava de treinador. E após seis anos de afastamento, retorna.A última partida no comando rubro-negro aconteceu em maio de 2002 num Atletiba, vencido pelo rival.

O “velho comandante” terá o período de intertemporada para conhecer as características do elenco e ajustar as peças para a montagem de um grupo competitivo. “Esse será o tempo para Geninho implantar sua estratégia tática e também para conscientizar e mobilizar os atletas”, relatou o presidente João Augusto Fleury.

Sorte?

Há uma boa coincidência no caminho de Geninho assim que assumir o comando técnico do Furacão. Sua estréia no clube em 2001, ano em que ganhou seu maior título, foi contra a Portuguesa, na Arena – vitória por 3 a 1, e substituindo exatamente Mário Sérgio.

A Lusa será o próximo adversário do Atlético nesta temporada. O confronto também acontecerá na Arena e marcará o reencontro do eterno ídolo com a nação atleticana.

De acordo com Fleury, Geninho retorna porque, assim como o Atlético, gosta de enfrentar desafios. “Temos jogos importantes e cada um deles será uma batalha. As dificuldades são grandes, mas a força do Atlético, quando há união, é surpreendente”, finalizou o presidente.