Furacão foi nocauteado no primeiro tempo

Estádio dos Aflitos é sinônimo de derrota para o Atlético. E ontem não foi diferente. Pela quinta vez em campeonatos brasileiros, o Furacão perdeu para o Náutico por 3×0 e ainda por cima viu brilhar a estrela de dois ex-integrantes da delegação: Geninho e Michel.

O treinador, que comandou o Furacão no início do campeonato, teve seus méritos ao mandar a campo um Timbu bastante ofensivo, com três atacantes. Já o lateral-esquerdo, renegado no clube paranaense, assinalou um dos gols do Alvirrubro e ainda por cima criou boas jogadas.

O Atlético sucumbiu ainda no primeiro tempo, repetindo as atuações contra Goiás e Grêmio. Depois não teve forças para reagir, principalmente pela falta de seu articulador Paulo Baier, que cumpriu suspensão.

Em Recife, o time também não conseguiu repetir o sistema eficiente de marcação no meio-campo. Valencia fez muita falta. A derrota recoloca o Atlético numa posição pouco favorável na tabela. Agora o clube dá um tempo no Brasileirão e inicia sua caminhada na Copa Sul-Americana. Quarta-feira enfrenta o Botafogo, na Arena.

Sabedor das dificuldades de jogar lá, o Atlético entrou em campo com o propósito de tocar a bola e segurar a pressão inicial do Timbu, que jogava em casa e mais acostumado com o clima quente do Recife.

O time paranaense controlou bem a partida até os 30 minutos, inclusive desperdiçando uma grande chance com Alex Mineiro que, sem goleiro, arrematou muito fraco e facilitou a vida do zagueirão.

Mas a partir daí, o Rubro-Negro relaxou na marcação e sofreu as conseqüências. Carlinhos Bala abriu o placar aos 37, num chutaço de longa distância. Cinco minutos depois, bate-rebate dentro da área e o ex- atleticano Michel fuzilou Galatto. Nos acréscimos, Derley aproveitou o espaço dado e enfileirou o sistema defensivo assinalando mais um gol alvirrubro.

O Furacão terminou o primeiro tempo perdido em campo e sem saber o que estava acontecendo. Tanto que o grupo saiu rapidamente para o vestiário para receber as instruções de Antônio Lopes.

O único a falar no intervalo foi Nei, que não conseguiu explicar o resultado elástico. “É complicado. Eles estão ganhando nos detalhes. Vamos correr atrás”, afirmou.

Mas não deu pro Atlético. Mesmo com as alterações promovidas pelo Delegado, o Rubro-Negro não ganhou consistência. Para um time que precisava reagir em campo, não apresentou absolutamente nada. Não conseguiu criar jogadas e finalizou muito pouco.

Apenas correu atrás do time da casa. O Náutico, por sua vez, procurou explorar espaços e jogar nos contra-ataques. Como não conseguiu, saiu contente com a vitória construída no primeiro tempo.