FPF cancela arbitral da Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense

Não valeu nada. A promessa da Federação Paranaense de Futebol em anunciar até o final da semana a tabela da Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense (nova nomenclatura para a segunda divisão) acabou virando pó.

A entidade divulgou ontem um ato administrativo, assinado pelo presidente Onaireves Moura, anulando o Conselho Arbitral realizado no dia 7. Assim, a segundona não tem mais nada decidido.

Segundo nota enviada pela assessoria da FPF, Moura garante que as tomadas de posição da primeira reunião não valem. ?Todas as decisões tomadas no primeiro arbitral não estão mais valendo?, anunciou Moura. Isso significaria, em tese, que nem mesmo a mudança de nome (de Série Prata para Divisão de Acesso) teria validade. Mas o mais importante é que fórmula, tempo de disputa e participantes, tudo definido no início do mês, não tem mais valor.

O problema foi a ?falta de participação? dos clubes -segundo a FPF, apenas Engenheiro Beltrão, Cambé e Operário estavam em dia com os prazos e com as taxas necessárias para inscrição. A entidade ficou em um beco sem saída: ou descumpria o regulamento e aceitava as inscrições irregulares, ou parava tudo e começava de novo. A decisão foi zerar a divisão de acesso.

Assim, o início da competição não está mais definido.

A intenção era começar a segundona no dia 23 de abril, mas para isso era necessário (por causa do Estatuto do Torcedor) apresentar a tabela no dia 23. A única coisa certa é que a divisão de acesso, por força da lei, começará dois meses depois do dia da divulgação da tabela.

Ricardinho pega 30 dias de gancho

Márcio Rodrigues

A primeira comissão disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva da FPF suspendeu por 30 dias o superintendente do Paraná Clube, Ricardo Machado Lima na noite da última quinta-feira. Ricardinho foi denunciado nos artigos 274, 185, 157, 187 e 190.

Mas, com uma estratégia eficiente, o advogado Domingos Moro conseguiu a absolvição do dirigente de quatro artigos. Só não conseguiu livrar Lima da acusação do Artigo 187 (ofender moralmente árbitro ou auxiliar da partida), no qual foi apenado com a pena mínima (varia de 30 a 180 dias).

A defesa já anunciou que irá recorrer, para que um terço da pena seja transformada em serviços prestados à comunidade.

Participaram do julgamento o volante Beto e o zagueiro Neguete, que denunciaram o árbitro da partida, Elton Mello Nobre, que teria cometido atos ilícitos no decorrer da partida.

O primeiro é que Beto, capitão do Paraná, não assinou a súmula ao final da conturbada partida (o Paraná perdeu por 2 a 1, para o Paranavaí, com o gol da vitória do time do Noroeste sendo marcado em um pênalti duvidoso), mas o documento oficial, apresentado nos autos do processo apresenta assinatura falsificada do jogador.

Já Neguete, acusou o árbitro de chamá-lo para a briga, ao final da partida, quando foi questioná-lo sobre sua atuação. ?Isso a gente resolve lá fora?, teria dito Mello Nobre ao zagueiro paranista.

Na mesma sessão, o técnico do Galo Maringá, Ivair Cenci, foi absolvido. Ele havia sido denunciado nos artigos 188, 274 e 186.

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