Fórmula 1 volta a adotar treino de uma hora, para todos, em 2006

O sistema de voltas lançadas para definir o grid de largada na F-1 será aposentado no ano que vem. Introduzido na categoria para dar maior visibilidade aos times pequenos, ele vem sendo usado pela terceira temporada seguida. Mas não empolga ninguém.

E neste ano, com um agravante: a FIA extinguiu, em Nurburgring, o segundo treino classificatório, que acontecia nas manhãs de domingo.

Isso significa que hoje os carros fazem suas voltas lançadas no sábado com a mesma quantidade de gasolina que vão usar no início da corrida.

Andando pesados, eles não são usados em nenhum momento durante o fim de semana de GP na plenitude da velocidade. "Não dá para saber de verdade quem é rápido ou não. É tudo uma questão de estratégia, de quanto peso se leva no tanque", critica Jacques Villeneuve.

Para 2006, a idéia é retomar a sessão de classificação de uma hora de duração com permissão de uso de três ou quatro jogos de pneus e voltas à vontade para todos, ou quase isso. Quando foi usado pela última vez, esse formato permitia que cada piloto completasse 12 voltas no treino.

A diferença é que os pilotos serão obrigados a cumprir determinado número de voltas na primeira metade da sessão, para evitar que entrem na pista apenas no final, quando as condições do asfalto são, em geral, melhores. Outro detalhe: o reabastecimento será permitido antes da corrida, e assim todos poderão tentar suas voltas voadoras com os carros bem leves e velozes.

O formato definitivo ainda será discutido pelas equipes e deve ser anunciado oficialmente no segundo semestre.

Rubinho aposta na evolução

Montreal, Canadá -Terceiro colocado no GP da Europa, disputado há duas semanas em Nurburgring, na Alemanha, o brasileiro Rubens Barrichello admitiu ontem que a Ferrari não tem o carro mais rápido, mas fez um alerta aos adversários. Garante que a equipe está cada vez mais perto disso.

"Não temos o carro mais rápido, porém não estamos longe", comentou o brasileiro, no circuito Gilles Villeneuve, em Montreal, onde no domingo será disputada a oitava etapa do Mundial.

Rubinho disse que ainda não tem condições de avaliar o atual estágio do carro, nem quis traçar paralelo com o desempenho no Canadá no ano passado – quando a Ferrari fez a dobradinha (Schumacher em 1.º e Barrichello em 2.º). "A pista mudou alguma coisa no asfalto e isso será um desafio para os fornecedores de pneus", disse.

Jordan ?perde? seu diretor

Montreal, Canadá – O britânico Trevor Carlin, diretor esportivo da equipe Jordan de Fórmula 1, anunciou, ontem, sua saída da escuderia. Ele, que ocupava o cargo desde o início do ano, quando a equipe foi vendida para a Midland, voltará a se dedicar às categorias de acesso do automobilismo. Sua vaga será herdada pelo gerente esportivo Adrian Burgess.

"Quero agradecer a Trevor por recolocar o time nos trilhos e nos dar as condições para trabalhar para levar a Jordan adiante. Agora vamos trabalhar para a entrada da Midland F-1 (nome que a Jordan pretende assumir no final da temporada) no campeonato de 2006", comentou Burgess.

Até o momento, o melhor resultado da Jordan no campeonato foi a décima colocação de Tiago Monteiro no GP do Bahrein. Correndo com Timo Glock e Nick Heidfeld ano passado, a equipe somou cinco pontos na temporada inteira.

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