O técnico Toninho Cecílio está à frente do Paraná Clube há um mês. Mesmo trabalhando intensamente, ainda não conseguiu dar um novo perfil ao time. Pelo menos quando o assunto é jogar fora de casa. Uma sina que vem acompanhando o Tricolor ao longo de toda a Série B, independentemente de trocas de jogadores ou até de comando técnico. O desempenho ruim diante do América-RN fez Cecílio externar, pela primeira vez, um descontentamento com a postura do time. “A responsabilidade é toda minha”, apressou-se em dizer. “Vou ter que investigar melhor o que está acontencendo. Mas não posso estar satisfeito com o que vi neste jogo”. A frustração de Toninho Cecílio é justificada pela estranha mutação do Paraná. Três dias antes, o time fez uma de suas melhores partidas do ano ao bater, com autoridade, o então líder Vitória. Mas bastou sair de casa para a apatia novamente tomar conta do time. “É importante gostar do choque. Ainda mais na Série B, onde os jogos têm essa característica. Vou ter que atacar esse problema. Não posso admitir que o grupo já entre em campo carregando esse fardo. Isso aconteceu diante do América”, admitiu Cecílio.
Em Goianinha, o Paraná sofreu a sua 9.ª derrota, em quinze jogos disputados fora da Vila Capanema. “Vou ter que mudar algo, na preparação, na logística ou até mesmo na montagem do time”, comentou Toninho Cecílio. Na prática, seu antecessor também conviveu com dilemas similares.