Ferrari e Raikkonen ainda respiram

A segunda dobradinha da Ferrari no ano deu ao time italiano, domingo em Spa, o título mundial de construtores de 2007 e a esperança de ainda conquistar a taça dos pilotos. Kimi Raikkonen e Felipe Massa, que largaram em primeiro e segundo, assim terminaram o GP da Bélgica, 14.º do campeonato – última etapa da temporada na Europa.

O resultado veio uma semana depois de a McLaren fazer 1-2 na casa ferrarista, em Monza. Fernando Alonso terminou em terceiro, com o líder da tabela, Lewis Hamilton, em quarto. Raikkonen, a três provas do final, foi a 84 pontos, contra 97 do inglês e 95 do espanhol. ?Ainda dá. Se eles tiverem um probleminha numa das três corridas que faltam, voltamos à luta?, disse Kimi. ?Não podemos desistir.? Restam as corridas de Fuji, Xangai e Interlagos.

O finlandês venceu pela quarta vez no ano e terceira seguida em Spa – ganhara pela McLaren em 2004 e 2005; no ano passado, não houve GP na Bélgica. Abriu sete pontos em relação a Massa e, até o fim do campeonato, deve receber algum tipo de prioridade da Ferrari, porque as possibilidades de título do brasileiro, 20 pontos atrás de Hamilton na classificação, são bem remotas.

Felipe não gosta da idéia. Disse que enquanto tiver chances matemáticas, espera receber tratamento igual do time. ?Se eu já estivesse completamente fora da luta, não veria problema nenhum em ajudar a equipe?, falou.

O título de construtores não foi comemorado pela Ferrari, que chegou a 15 conquistas entre as equipes na sua história. Nem nas declarações oficiais distribuídas à imprensa houve alguma menção. Afinal, a taça só foi garantida ontem porque a McLaren perdeu todos seus pontos na quinta-feira, quando foi considerada culpada pela FIA no caso de espionagem que redundou, também, numa multa de US$ 100 milhões ao time prateado.

Confusão

Lewis Hamilton não gostou nada da manobra de Fernando Alonso após o contorno da La Source na largada do GP da Bélgica. O espanhol fez a curva para a direita, muito fechada, tendo o inglês à sua esquerda, pelo lado de fora. ?Espalhou? na trajetória, empurrando o companheiro para a área de escape.

?Eu não diria que foi uma manobra justa, acho que ele foi muito duro na defesa da posição?, afirmou o líder do campeonato, quarto colocado da prova. ?Eu estava por fora, mas acho que estava mais à frente e havia espaço para nós dois?, explicou. Depois, atacou: ?Acho estranho alguém que sempre reclama de manobras injustas agir dessa forma. Eu tentei a ultrapassagem, mas ele me empurrou para fora. Foi uma sorte ter a área de escape?.

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