Federer garante motivação, mas admite não ser favorito

Mais descansado do que nos últimos anos, Roger Federer garante estar motivado e em boas condições físicas para brigar pelo título do Aberto da Austrália. O suíço de 31 anos admite, contudo, que desta vez não é favorito ao primeiro Grand Slam da temporada.

“Sei que não vou mais vencer todos os torneios que disputo”, diz o experiente tenista. “Mas é importante curtir e eu vou tentar me concentrar ao máximo em cada torneio que entrarei, como fiz no ano passado. Agora eu começo uma competição pensando partida a partida”.

Dono de quatro títulos em Melbourne, Federer fez uma preparação diferente neste ano. Mais recluso, ele evitou eventos de patrocinadores e não participou de nenhuma competição preparatória nas duas primeiras semanas do ano. Assim, pôde passar mais tempo com a família e reduziu o desgaste físico dos torneios.

“Tem sido muito relaxante. Decidi não jogar nenhuma competição preparatória para poder estar bem inteiro para o início da competição. Espero ir longe. Este é o meu objetivo, claro”, avisa o atual número dois do mundo.

Sem o desgaste dos primeiros torneios do ano e aparentando boa forma física, o suíço garante estar motivado na busca por novos recordes na temporada. “Estou pronto e faminto. Acho que, quanto mais o tempo passa, mais eu amo isso [o tênis]. Hoje eu tenho muito mais prazer nos exercícios do que antes. Hoje as coisas fazem sentido para mim. Eu sei porque estou fazendo os exercícios. Sei que são necessários”.

Na busca por seu quinto título na Austrália, Federer deverá ter pela frente o atual número 1 Novak Djokovic e Andy Murray, seu algoz na final olímpica. Campeão do US Open de 2012, seu primeiro título de Grand Slam, o tenista britânico se diz mais leve na briga pelo troféu em Melbourne.

No entanto, espera partidas difíceis no verão australiano. “Elas vão ser incrivelmente difíceis, com muita exigência para o físico”, projeta o escocês, que poderá cruzar com Djokovic somente na final neste ano. Em 2012, ele foi derrotado pelo sérvio na semifinal. Meses depois, devolveu o revés com uma grande vitória na decisão do US Open.

“Jogamos boas partidas no ano passado em grandes torneios. Se tiver que enfrentar Novak novamente aqui, será na final. Então, é claro que estou buscando isso”, avisa o número três do mundo.

 

Ciente do crescimento do rival na última temporada, o tenista da Sérvia já espera por duelos mais complicados neste ano. “Ele se tornou um campeão de Grand Slam e um campeão olímpico. Não foram muitos os tenistas que conquistaram isso na história. Ele melhorou mentalmente e passou a acreditar que tem habilidade para fazer muito mais”, elogia.

Djokovic, contudo, espera com seu conhecido bom desempenho na Austrália para defender o título de 2012. “Este é o Grand Slam onde obtive mais sucesso. Mas, ao mesmo tempo, é o Grand Slam mais conhecido por ter surpresas”, pondera o tenista de 25 anos.