Faltou o espírito da Série B, afirma André Chita

“A bola pune.” A frase, batida no meio do futebol, serviu para resumir a jornada do Tricolor na noite de ontem. O auxiliar-técnico André Chita admitiu que muitos jogadores entraram em campo sem o mesmo “espírito” das últimas jornadas. “Acho que é o perfil desse grupo, que reage melhor na pressão”, afirmou. Como em jogos passados, o time precisou de um “chacoalhão” no intervalo para acordar.

“Não sei explicar. Nosso primeiro tempo foi muito abaixo. O time foi apático”, reconheceu o zagueiro Fabrício. Se em jogos passados, a ação de vestiário resultou em conquista de pontos, desta vez o Paraná não teve a mesma sorte.

Muito por ter como adversário um dos melhores times deste returno. “Eles souberam comandar o jogo no primeiro tempo e na fase final, aproveitaram alguns deslizes nossos”, comentou Chita. Para o auxiliar, o Paraná teve pelo menos duas chances reais para virar o jogo.

“O Mauro não tinha feito uma defesa sequer no segundo tempo. Pior do que isso, no segundo gol deles, a bola estava sob o nosso domínio”, frisou. O resultado fez com que o Paraná desperdiçasse a chance de passar os próximos dez dias em uma posição absolutamente confortável na tabela. “Não tem outro jeito, vai ser na pressão até a última rodada. Mas, vamos sair dessa. É só retomar o mesmo rendimento de jornadas anteriores”, analisou.

Antes do jogo, Chita citou que ontem os jogadores tinham pela frente uma final de Copa do Mundo e que esse era o espírito do grupo. Após o deslize, o auxiliar-técnico respirou fundo e disparou: “Pelo menos, temos uma repescagem pela frente”. Faltam sete jogos e o clube precisa de pelo menos oito pontos para se safar da degola.