Falta de preparo físico pega o Atlético

Depois de jogos decisivos pelo campeonato paranaense e Copa Libertadores da América, pressão por resultados e nenhum tempo para recuperação, o Atlético sentiu o baque.

Uma seqüência de jogadores lesionados lotando o departamento médico e falta de fôlego em campo. O resultado disso foram dois jogos apáticos no início do campeonato brasileiro e duas derrotas para times que normalmente o Rubro-Negro não perderia. Com esse diagnóstico, a comissão técnica passa a trabalhar a partir de agora e pede mais duas semanas para deixar o time na "ponta dos cascos" para a seqüência da temporada.

"Nós chegamos aqui, jogamos dois jogos de Libertadores, a final do Paranaense e o primeiro do Brasileiro sem poder fazer nenhum tipo de trabalho. Era jogar, descansar, jogar, descansar e jogar e descansar", aponta Márcio Meira, preparador físico do Furacão. Segundo ele, como os jogadores já não estavam com um bom preparo físico, acabaram forçando demais e alguns sentiram contusões. "Um atleta joga uma partida na raça, aí joga a segunda, mal descansa e joga a terceira, aí começam as lesões porque ele começa a não ter aquele fôlego todo porque não adianta só jogar na raça", destaca.

De acordo com ele, o principal problema a surgir desse ritmo frenético de jogos seguidos são as dores musculares. "Isso requer repouso, descanso, trabalho específico e isso tudo prejudicou bastante um andamento mais rápido do nosso trabalho", diz. As principais vítimas foram o meia Fabrício, o zagueiro Marcão, o ala Jancarlos e os atacantes Maciel, Jorge Henrique e Aloísio. Alguns deles já estão voltando aos poucos, mas outros estão sendo preparados para só voltarem quando estiverem 100% e livres de voltarem a sofrer qualquer problema.

A receita para acabar com esses problemas é tempo e trabalho específico. "Estamos trabalhando individualmente, cada um com seu trabalho específico ou grupo de dois, três, no máximo. Alguns precisam fazer musculação, outros precisam perder peso e outros precisavam de condicionamento geral", revela. Como exemplo do problema, Márcio diz que o time até que corria os 90 minutos, mas sempre chegava atrás. "Se o jogador disputa uma corrida 20 vezes, ele corre todas, mas perde sempre. Se sobe para cabecear, perder. Por quê? Porque tem resistência, mas não tem força", explica.

Com todo esse cuidado, o atacante Aloísio é um dos que nem viajará para Santos. Antes cotado para voltar à equipe, ele ficará no CT do Caju se preparando para poder voltar somente na partida de terça-feira, contra o Independiente Medellín, na Kyocera Arena.

Diego a caminho do Corinthians

Duas semanas depois de conquistar o primeiro título com a camisa do Atlético, Diego está prestes a deixar a Baixada. A MSI, empresa que financia o Corinthians, está adquirindo o goleiro, de 25 anos, para substituir Fábio Costa, dispensado pelo técnico Daniel Passarella.

O primeiro nome na agenda da MSI era Júlio César, ex-Flamengo, mas não houve acerto com a Internazionale, time que o contratou recentemete. Assim, a empresa partiu com tudo para contar com Diego.

Nenhuma das partes admite oficialmente o negócio. Mas o Atlético já procurou o Santa Cruz para trazer de volta Cléber, emprestado no começo do ano. Ontem à noite, o próprio Diego desconversou sobre o assunto. ?Não houve nenhum contato, nem do meu empresário. Por enquanto, minha vontade é ficar no Atlético?, falou o jogador, que tem contrato até 31 de dezembro de 2006. No Atlético, a negativa é praxe até que a transferência seja anunciada oficialmente.

Umbro segue com Furacão até 2008

O Atlético renovou o contrato para fornecimento de material esportivo com a Umbro até 2008. A multinacional inglesa produzirá os equipamentos para todas as categorias do Rubro-Negro, além das escolas de futebol do clube espalhadas pelo Brasil e exterior. A diretoria do Furacão saudou o acerto com a empresa como um dos cinco melhores feitos no País.

?O Atlético e a Umbro são parceiros desde 1997 e essa relação fica mais sólida com essa renovação?, vibrou Mauro Holzmann, diretor de marketing do Atlético. Segundo ele, o acerto firmado esta semana é um dos cinco melhores efetuados por clubes brasileiros. Além do Rubro-Negro, a empresa inglesa trabalha também com Vasco da Gama, Santos, Vitória e Figueirense.

Além da assinatura de contrato por mais três anos, a Umbro apresentou os novos modelos dos figurinos do clube para a temporada 2005. As novas peças são uniformes para treino, viagem, passeio e concentração. No material de treino está sendo utilizada a tecnologia Vtech, para oferecer performance de acordo com a necessidade dos atletas. No material de concentração e viagem, o maior apelo é o conforto, proporcionado pelas modelagens e tecidos tecnológicos.

O design é inspirado nas propostas desenvolvidas pela Umbro Internacional, combinando formas orgânicas, contraste de recortes, painéis e materiais de diferentes texturas, com o objetivo de realçar as cores do clube e o porte físico dos atletas. O terceiro uniforme, com predominância do branco, será entregue nos próximos dias no CT do Caju para que o clube possa usá-los em partidas como visitante.

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