Fora do futebol há três anos, Paulo Roberto Falcão foi apresentado como novo técnico do Sport nesta terça-feira. Diante do novo desafio, o treinador garantiu que ficou tanto tempo afastado do futebol por uma opção pessoal, pois não se empolgou com os convites recebidos durante esse período, mas garantiu que não está desatualizado.
“Nesse período eu recebi muitos convites, mas ou não entramos em acordo ou não me motivei para o desafio. Mas por definições e exigências minhas, que são basicamente ter um planejamento, condições de valorizar a categoria de base se isso for possível. Eu tenho essa leitura de futebol. O fato de estar sem clube nesse período não significa estar parado de atividades”, disse o novo treinador do Sport, que destacou ter se encontrado com técnicos na Europa para garantir que esteve sempre envolvido com o futebol nos últimos anos.
“Eles sempre tiveram essa preocupação, até mesmo pra fazer um contraveneno, digamos assim, contra a nossa qualidade técnica. Eles sempre tiveram esse lado, desde as categorias de base, enquanto nos preocupamos mais com o lado técnico. Então nesse período aproveitei para conhecer um pouco mais de estrutura, como a do Real Madrid. Conversei com o treinador da seleção italiana, da Bélgica, e poderia fazer uma lista enorme”, afirmou.
Falcão revelou que havia sido convidado pelo presidente João Humberto Martorelli para dirigir o Sport no ano passado, mas preferiu não assumir o compromisso naquela oportunidade. Mesmo assim, passou a acompanhar mais de perto o clube pernambucano e agora optou por aceitar a oferta do clube para ser o sucessor de Eduardo Baptista, que trocou o Sport pelo Fluminense.
“Já conversei com o Sport há bastante tempo, há mais de um ano. As coisas não aconteceram naquele período por entendimento meus profissionais. Mas a partir daquele tempo fiquei sempre vinculado, na medida que existia a possibilidade, e pela maneira que nós tratamos lá atrás. Tive um feeling legal que me fez ficar sempre observando o Sport”, disse.
Falcão garantiu a intenção de valorizar as promessas das divisões de base do Sport, destacando que já fez isso em outros trabalhos, incluindo a seleção brasileira. “Historicamente comecei a minha carreira na seleção brasileira, na década de 90. E uma das coisas que me propus no primeiro momento foi de buscar novos jogadores que não estivessem jogado com a camisa da seleção. E aí foi possível dar oportunidade para Cafu, Márcio Santos, Mario Silva, Leonardo, alguns jogadores que acabaram sendo campeões do mundo mais na frente”, comentou.
O novo treinador do Sport vai tentar ajudar o time a reagir no Campeonato Brasileiro, pois, após um bom início, caiu para a 11ª colocação. Mas a sua estreia será em compromisso da Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira, diante do argentino Huracán, na Ilha do Retiro, no jogo de ida das oitavas de final.