Ex-dirigente venezuelano vai alegar inocência em escândalo de corrupção

Ex-presidente da Federação Venezuelana de Futebol, Rafael Esquivel, que encontra-se detido na Suíça à espera da extradição para os Estados Unidos, vai se declarar inocente das acusações de corrupção feitas contra ele pela Justiça dos EUA. Ele foi preso em Zurique em maio de 2015 como parte de uma investigação liderada pelos norte-americanos sobre suposta corrupção envolvendo figuras importantes do mundo do futebol e da Fifa.

De acordo com um dos advogados de Esquivel, Luis García San Juan, a recomendação é que ele reitere que não está envolvido com o caso. Outros dirigentes extraditados para os Estados Unidos declaram-se culpados e aceitaram colaborar com as investigações, em troca de sentenças mais brancas e da possibilidade de cumprir a pena em prisão domiciliar.

Os advogados de Esquivel, entretanto, acreditam que vão conseguir colocá-lo em liberdade mesmo assim. “Já fizemos um pedido de liberdade a partir do pagamento de fiança e acreditamos que existe boa chance de isso acontecer”, disse García San Juan ao jornal venezuelano El Universal.

As autoridades norte-americanas acusam Esquivel de receber subornos no valor de milhões de dólares em conexão com a venda de direitos de marketing para as edições de 2007, 2015, 2016, 2019 e 2023 da Copa América.

Esquivel estava entre nove ex-dirigentes do futebol detidos em Zurique no ano passado – entre eles, José Maria Marin, ex-presidente da CBF – no ano passado. Cinco deles, incluindo o brasileiro, já foram extraditados aos Estados Unidos. Um sétimo, Eugenio Figueredo, foi enviado para o Uruguai, seu país, enquanto outros dois Julio Rocha, da Nicarágua, e o britânico Costas Takkas, um ex-assessor da presidência da Concacaf, aguardam a avaliação dos pedidos de extradição pela Justiça da Suíça.

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