Euroliga diz que Fiba ameaça clubes e jogadores e abre guerra no basquete

A Euroliga, entidade que organiza torneio homônimo que é o equivalente da Liga dos Campeões da Europa no basquete, anunciou nesta segunda-feira que entrou com uma denúncia contra a Federação Internacional de Basquete (Fiba) na Comissão Europeia por supostas ameaças contra clubes, jogadores e árbitros.

“Os clubes de basquete europeus estão sofrendo pressão das mãos da federação internacional (Fiba) e das federações nacionais afiliadas a ela com o objetivo de forçá-los a renunciar à participação na competição europeia que desde o ano 2000 é gerida pelos próprios clubes”, reclama a Euroliga, em comunicado publicado no seu site nesta segunda.

De acordo com a entidade, a denúncia é causada pelas ameaças “inaceitáveis e ilegais” feitas pela Fiba contra clubes, jogadores e árbitros, que deveriam largar as competições organizadas pela Euroliga, participando apenas daquelas sob a tutela da própria Fiba. “O objetivo da queixa é garantir que clubes, jogadores e árbitros possam livremente fazer a escolha para participar da competições que consideram adequadas, sem estarem sujeitos a sanções”, argumenta a Euroliga.

A entidade recorreu à Comissão Europeia porque entende que as federações esportivas não podem usar seus poderes de regulamentação para ganhar uma vantagem no mercado. Como a competição ocorre na Europa, caberia ao órgão da Euro julgar o caso.

Em novembro, a Fiba oficializou uma proposta na qual ofereceria ser sócia dos clubes na organização da competição, dividindo igualmente a gerência e a governança da Liga. A Fiba, de acordo com comunicado emitido por ela, garantiria pelo menos 30 milhões de euros (R$ 124 milhões) aos clubes por temporada. A entidade ainda garante que os clubes manterão decisões relativas a regulamento e fair-play financeiro.

Até o ano 2000, era a Fiba quem organizava a competição europeia interclubes. Desde então, ela é gerida por uma empresa privada, a Euroleague Basketball Company. Em novembro, a Fiba admitiu que viveu 15 anos de “relações estremecidas” com os clubes.

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