O técnico do Atlético, Valdyr Espinosa, já começa a enxergar no time a cara da torcida. Para ele, a produção nos dois amistosos projeta uma evolução da equipe que estréia domingo no Campeonato Brasileiro.
Contra o Guarani, ele já espera ter um esboço da equipe que irá enfrentar a maior parte da competição. Hoje, ele já começa a definir o time e espera contar com os jogadores que estão para renovar contrato.
“Eu quero ter a cara da torcida do Atlético, os jogadores querem. Eu acho que isto eles vêm demonstrando. Em termos de posicionamento tiveram uma boa obediência e não tiveram dificuldades”, explica Espinosa. Segundo ele, a transição do esquema 3-5-2 para o 4-4-2 foi tranquilo e bem assimilado pelo elenco. “Muita gente achava que o Alessandro não iria apoiar mais, o Fabiano também e estão aí eles apoiando sem problema nenhum e com boa cobertura”. Agora, para o treinador, é só dar sequência ao trabalho.
Ontem, a intenção do treinador era começar a moldar a equipe que enfrenta o Guarani em Campinas. No entanto, as fortes chuvas fizeram com que os jogadores trabalhassem apenas fisicamente. Da equipe que goleou o Figueirense, só acontecerá mudança se alguns jogadores tiverem condição de jogo. Os novos volantes contratados Preto e Douglas esperam até que a papelada esteja em ordem. Já o zagueiro Gustavo e o volante Cocito ainda negociam renovação de contrato para poderem voltar ao time. Com essa definições, o técnico irá montar a equipe.
Douglas
Um ano depois, o volante Douglas concretiza mais um sonho dos dirigentes atleticanos e chega ao CT do Caju. “No passado após o Paulista, eu até falei com o Gustavo que me mandou trazer muita roupa de frio. Estava praticamente tudo certo e no outro dia o meu procurador acertou com o São Paulo”, revela. Desta vez, não teve escapatória. “A motivação é muito grande de estar aqui no Atlético, que é campeão brasileiro, qualquer jogador gostaria de estar aqui e eu estou chegando para dar o máximo”, promete.
Parado desde a final do Supercampeonato Paulista em maio, Douglas ainda vai precisar de algum tempo para entrar em forma. “Eu estava em casa treinando, mas nunca é a mesma coisa. Com uma semana aí eu fico à disposição para jogar”, garante o volante.
O substituto de Kléberson
O Atlético está prestes a perder o meia Kléberson para o futebol europeu, mas já deve repor logo a vaga deixada pelo pentacampeão. Em dois amistosos, Rodrigo marcou dois gols, mostrou que está amadurecendo rapidamente e pronto para encarar os desafios que o time vai ter neste Campeonato Brasileiro. Modesto, ele prefere não se empolgar, mas a torcida já começa a prestar mais atenção no curitibano de 20 anos revelado nas categorias de base do CT do Caju.
“Há um bom tempo eu venho esperando essa oportunidade”, diz. Segundo ele, o Rubro-Negro está no caminho certo e esta boa fase nesse início de preparação para o nacional está ajudando os jogadores a jogarem melhor.
Mas, apesar do estado de graça, Rodrigo quer se afastar de qualquer comparação com o Xaropinho. Nem os gols marcados e os aplausos da torcida mudam a opinião do jogador. “Não, o Kléberson -vamos dizer assim – é incomparável. Eu jamais vou ter capacidade de ocupar o espaço dele, mas sim jogar pelo menos a metade do que ele joga”, espera.