Emprego de Macuglia depende da vitória em Itu

Será que o técnico Guilherme Macuglia já está com a batata assando? Nos fervilhantes bastidores do Coritiba, o treinador virou o alvo principal nos últimos dias e a pressão tem aumentado. A principal torcida organizada não quer mais o profissional no comando da equipe, o ?eterno presidente? Evangelino Costa Neves segue a mesma linha e até a diretoria estaria pensando num plano B em caso de novas derrotas na Segundona. De acordo com o coordenador de futebol, João Carlos Vialle, nada disso é verdade.

?Isso é mentira!?, sentenciou. Ele afirma que a diretoria não está à procura de um possível substituto para Macuglia. No entanto, ele mesmo diz que, quando questionado sobre contratos de jogadores, que qualquer situação pode ser revista. ?Tudo pode ser revisto, o contrato dos jogadores, do treinador, do preparador físico, até a minha e do Maurício (Cardoso, supervisor). Só o que não pode mudar é a diretoria, que manda e foi eleita?, disse.

No entanto, o próprio treinador já teria dito a interlocutores que a pressão interna é grande e que está notando uma movimentação diferenciada. Por isso, o resultado em Itu passa a ser fundamental para a seqüência do trabalho, que vem sendo questionado internamente pelas diversas alterações seguidas na equipe.

Apesar do descontentamento de setores da torcida, ex-dirigentes e, possivelmente, de parte da diretoria, o retrospecto de Macuglia é um dos melhores dos últimos tempos. Em 29 jogos no comando, o Coritiba venceu 14, empatou nove e perdeu seis, tendo marcado 59 e sofrido 40 gols. Em aproveitamento, ele fica com 63%, número que, se mantido, levaria o Coxa para a primeira divisão e ainda poderia dar o título da Segundona este ano.

Mercado

Enquanto isso, o zagueiro Henrique poderá ser negociado nas próximas horas com a Udinese. O clube e representantes dos italianos estão acertando o valor da transferência, que gira entre R$ 5,9 milhões e R$ 7,8 milhões. Outros jogadores também podem deixar o elenco, mas por questões contratuais.

O lateral-esquerdo Douglas Silva tem vínculo até o final deste mês. Se o clube bancar R$ 20 mil renova até o final do ano.

Caso contrário, ele vai embora.

O mesmo pode acontecer com o atacante Muñoz.

Devido ao custo/benefício, o colombiano também pode deixar o Coritiba no fim de junho, quando acaba seu empréstimo com o Palmeiras. Caso ele não volte a jogar nas próximas rodadas, dificilmente a direção irá prolongar o vínculo com o atleta, mesmo tendo apalavrado mais um ano de contrato com ele.

Marlos renova por dois anos

Acabou a novela Marlos no Coritiba. Após uma reunião realizada ontem à noite no Couto Pereira, diretoria e o procurador do jogador chegaram a um acordo para um novo acerto. Pivô de toda a discussão entre as partes, os direitos econômicos ficaram em 40% para o meia e seus representantes e 60% para o clube. Agora, o atleta de 18 anos, que tinha vínculo até janeiro do ano que vem, assinou por mais dois anos e já será reintegrado ao elenco principal a partir de hoje.

?Ficou bom para todas as partes. Agora é recuperar as semanas perdidas e acredito que na outra semana ele já possa jogar?, comemorou Serginho Prestes, procurador de Marlos. De acordo com o coordenador de futebol, João Carlos Vialle, o jogador vai ganhar salários no mesmo patamar de seus colegas que subiram da base e os direitos foram divididos a contento para o clube. ?Ele vai receber o mesmo valor do Pedro Ken, é um jogador de qualidade e que vai nos ajudar bastante nessa Série B?, apontou o dirigente.

O impasse nas negociações aconteceram porque Prestes alegava ter 30% e queria mais 20%. O clube oferecia 30%, mas depois de várias rodadas de negociação, todos saíram contentes com 40% para o jogador e seus representantes e o restante com o clube.

No novo contrato, a multa contratual do jogador passa a ser de R$ 26 milhões. Esta semana também, o clube acertou com Pedro Ken por mais três anos.

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