Em 2013, o futebol paranaense pode voltar a ter dois clubes em uma mesma competição internacional. Com a mudança do calendário brasileiro no ano que vem, Coritiba e Atlético têm chances de, juntos, disputar a Copa Sul-Americana – algo que não acontece desde 2009, quando os dois caíram na primeira fase.
Para que isso aconteça, no entanto, os dois times terão que viver situações opostas. O Coxa não poderá repetir as últimas campanhas na Copa do Brasil, enquanto o Furacão terá que subir para a Série A.
O motivo: os brasileiros que vão disputar a Sul-Americana em 2013 não serão definidos mais pelo Brasileirão, como era até esta temporada. Com a Copa do Brasil sendo realizada agora durante todo o ano, o torneio servirá para selecionar os representantes do país no segundo principal torneio do continente, uma vez que não haverá calendário para participar das duas competições.
A partir da próxima temporada, os brasileiros que disputam a Libertadores voltam à Copa do Brasil, o que não acontecia desde 2000, e entram direto nas oitavas de final. Assim, o torneio inchou, passando de 64 para 86 clubes. Desta maneira, chegam na fase aguda do torneio dez equipes, mais os seis da Libertadores. Estes 16, automaticamente, ficam de fora da Sul-Americana. Com isso, os oito times classificados para a competição da Conmebol serão os oito melhores colocados no Brasileirão 2012, fora aqueles que seguirem na Copa do Brasil.
Porém, se os 16 que permanecerem nas oitavas de final da Copa do Brasil forem todos times da Série A, serão agregados à Sul-Americana aqueles que conquistarem o acesso na Série B deste ano. Ou seja, se o Atlético subir, tem grandes chances de retornar ao torneio continental. Se ainda assim sobrarem vagas, os rebaixados desta temporada serão os escolhidos.
Ou seja, para o ano que vem, os times terão que reforçar seus elencos para aguentar toda a temporada. Até então, as equipes que chegavam na reta final da Copa do Brasil poupavam seus principais jogadores no início do Brasileirão, escalando reservas. Agora, com os dois torneios disputados simultaneamente, a exigência de se ter atletas do mesmo nível, para suportar mais jogos próximos e decisivos, será ainda maior, uma vez que dar prioridade a uma competição só pode se tornar um risco muito grande.