Disputa eleitoral extrapola os muros do Atlético

O Atlético define quinta-feira seu futuro nos próximos três anos. É quando os sócios-torcedores irão às urnas para escolher entre as chapas Paixão pelo Furacão e CAPGigante. A campanha, que nos últimos anos ficou restrita aos torcedores com direito a voto, neste ano ganhou nova formatação e ganhou as ruas com ares de eleições políticas.

Outra novidade neste ano é o uso da mídia digital. Sites e redes sociais são dois campos que passaram a ser explorados e mantêm contato ininterrupto com os eleitores. O barulho eleitoral é tão alto que a aposta das duas chapas é que a participação dos sócios na votação será muito acima dos 20% que normalmente são registrados. Em números, esta será a maior eleição do Atlético. São mais de 7 mil votantes aptos.

À frente das chapas, as duplas: Diogo Fadel Brazil e Ênio Fornéa e Mário Celso Petraglia e Antônio Carlos Bettega. Ex-parceiros, e com Ênio sendo o homem de confiança de Petraglia até 2009, hoje os dois estão em lados opostos e não poupam críticas um ao outro. Em meio a acusações, os dois grupos também estão difundido maciçamente as propostas, com diferenças de linha de atuação.

Entre as promessas e planos de administração, alguns pontos em comum: a permanência de Paulo Baier no elenco em 2012, a montagem de um time campeão e a profissionalização do departamento de futebol. Até aqui, apenas o grupo de Ênio Fornéa divulgou nomes que estão no projeto, como os técnicos Paulo César Carpegiani, Ney Franco e Gustavo Matosas, com os quais já teria conversado, além de Carlos Alberto Parreira como pretendido para gestor de futebol.

Petraglia também assegura que, desta vez, o investimento maior será no futebol e só vai divulgar seu projeto completo se for vencedor. Por enquanto, as conversas com os profissionais que interessam são apenas informais.

Mas é a Arena da Baixada que está sendo o maior item divergente entre os dois concorrentes. Enquanto Ênio Fornéa cobra explicações, como detalhes da obra no estádio, e promete uma fiscalização árdua, Petraglia, que é o gestor da readequação do Joaquim Américo, já tem uma nova proposta para o estádio e promete cobertura retrátil para deixá-lo ainda mais moderno.