A diretoria não dá a negociação como oficial, mas, se não houver imprevistos, Giuliano vai mesmo vestir a camisa do Internacional em 2009. “Estamos em conversações”, disse o presidente Aurival Correia, que negou com veemência os valores estimados da transação.
A venda dos 40% dos direitos econômicos do atleta que o clube ainda detém (o restante pertence à Traffic), seria a única saída do Paraná Clube para assegurar um equilíbrio financeiro para a próxima temporada, onde mais uma vez estará relegado ao segundo escalão do futebol brasileiro.
“Aqueles valores citados, 3,5 milhões de euros, seriam para uma transferência internacional”, explicou o vice de futebol Márcio Villela. “Hoje, diante da retração do mercado mundial, os números são outros.”
O dirigente evitou falar sobre o montante real da negociação. “Até porque estamos ainda numa fase de ajustes. Não há uma venda definitiva.” O acordo final poderia ser acertado no início da próxima semana, quando Giuliano retornará do Rio de Janeiro, onde se prepara para o Sul-Americano Sub-20, que será disputado em janeiro, na Venezuela.
Trata-se de uma transação que precisa ser cuidadosamente alinhavada, pois envolve não apenas Paraná Clube e Internacional. O negócio só será concluído com a anuência da Traffic.
A empresa pode exercer o direito de preferência e cobrir a proposta do colorado gaúcho. “Negociação existe, mas para ser oficial será necessária a assinatura de todas as partes envolvidas”, afirmou Aurival Correia.
Além de um valor muito abaixo do que se estimou em Porto Alegre – o comentário é que a transação seria na ordem de R$ 2,5 milhões -, o Paraná Clube sequer receberia a quantia “em cash”.
Além de pagar os intermediários da transação, o clube admitiria um parcelamento do valor, diluído ao longo dos próximos doze meses. A estratégia visaria assegurar, com a venda de Giuliano, uma maior “saúde financeira” ao longo do ano, aliviando significativamente a folha salarial do departamento de futebol em toda a temporada.