Desinteressado, Coritiba é goleado em Niterói

O desespero fez a diferença. Com a corda no pescoço, o Botafogo foi mais aplicado -sem esquecer a "mãozinha" da arbitragem – e conseguiu importante goleada (4×1) sobre o Coritiba. O resultado tira o time carioca, momentaneamente, da zona de rebaixamento e deixa o representante paranaense mais distante da briga por uma vaga na Copa Sul-Americana.

Se o Botafogo tem o meia Valdo em clima de despedida (no fim do ano ele "pendura as chuteiras"), o Coritiba não vê a hora do campeonato terminar. A competição internacional – da qual o Alviverde foi eliminado ainda na primeira fase na atual temporada – não empolga os jogadores, que já pressentem a total reformulação que ocorrerá no elenco a partir do dia 19 de dezembro. Do outro lado, mesmo com pouquíssimos recursos técnicos, o time carioca foi aplicado do início ao fim, à imagem de seu treinador.

Paulo Bonamigo manteve o Botafogo vivo na luta contra o descenso, aproveitando a fragilidade do sistema defensivo do Coritiba. Principalmente no segundo tempo, quando soube administrar e ampliar a vantagem construída de forma no mínimo duvidosa. Márcio Rezende de Freitas é rotulado de "árbitro caseiro". Não foi diferente em Niterói. Logo aos 5 minutos ele marcou pênalti de Miranda sobre Alex Alves. A falta ocorreu, mas na origem do lance, o jogador do Botafogo dominou a bola com o braço. Caio, que viria a ser o destaque do jogo, cobrou no canto esquerdo, sem dar a mínima chance ao goleiro Fernando.

A reação do Coritiba veio em cobrança de falta de Ricardinho, que Jefferson aceitou. O empate deu novo ânimo aos paranaenses, mas aos poucos o Botafogo voltou a controlar as ações. Quase marcou um golaço com Ricardinho, de letra, mas só voltou a comandar o placar em novo erro da arbitragem. Caio, em impedimento e livre de marcação, escorou para as redes. A partir daí, só deu Botafogo.

O segundo tempo foi lamentável para os coxas. O Botafogo se deu ao luxo de fazer linha de passe no meio da zaga paranaense, até que Jorginho Paulista executou. Nem mesmo as trocas de Lopes surtiram efeito. Foi Schwenck quem definiu o placar, aproveitando a falha de Márcio Egídio, num gol que mostra bem o que foi o jogo. O volante tentou fazer a proteção para Fernando, mas o atacante foi mais esperto e mandou para as redes. (IC)

CAMPEONATO BRASILEIRO
41ª RODADA

BOTAFOGO 4×1 CORITIBA

BOTAFOGO: Jefferson; Ruy, Gustavo, Rafael Marques e Jorginho Paulista; Fernando, Túlio, Elvis (Valdo) e Caio (Almir); Ricardinho e Alex Alves (Schwenck). Técnico: Paulo Bonamigo.

CORITIBA: Fernando; Tesser (Pepo), Miranda, Reginaldo Nascimento e Adriano; Ataliba, Márcio Egídio, Ricardinho e Luís Carlos Capixaba (Cacique); Tuta e Laércio (André Nunes). Técnico: Antônio Lopes.

SÚMULA
Local
: Caio Martins (Niterói).
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (FIFA-SC).
Assistentes: Carlos Berkembrock (SC) e Claudemir Maffessoni (SC).
Renda: R$ 43.668,00.
Público: 4.538 pagantes.
Gols: Caio (pênalti) a 6?, Ricardinho a 10? e Caio a 36? do 1º tempo. Jorginho Paulista a 8? e Schwenck a 35? do 2º tempo.
Cartões amarelos: Ruy e Rafael Marques (Botafogo). Márcio Egídio e Reginaldo Nascimento (Coritiba).

Voltar ao topo