Disputa

Delatorre e Marcos Guilherme “brigam” por vaga no Atlético

De hoje até domingo o treinador Claudinei Oliveira terá cinco dias para refletir sobre uma importante mudança que pode acontecer na equipe. Certamente ele já está pensando nisso há um bom tempo, mas com os treinamentos da semana e as experiências que certamente fará, além do aconselhamento de seus auxiliares diretos, serão determinantes para decidir se Dellatorre ou Marcos Guilherme serão titulares no jogo contra o Atlético-MG na Arena da Baixada.

“O Marquinhos entrou bem no jogo. Sobre os três atacantes, é um caminho que a gente achou. Não quer dizer que precisa ser o Dellatorre. Pode ser o Marquinhos, o Mosquito. O Dellatorre não teve atuação tão boa hoje (sábado), mas tinha decidido alguns jogos em casa. Temos a semana inteira para trabalhar e ver se o Dellatorre vai estar melhor que o Marquinhos para escolhermos os 11 melhores para enfrentar o Galo”, disse Claudinei, em entrevista coletiva após a derrota para o Fluminense

A vontade de atuar desse jeito é antiga. Desde que chegou ao Atlético, após observar os treinamentos da sua nova equipe, Claudinei identificou cada talento e potencial do elenco. Orientado pelo Departamento de Inteligência, além de ouvir o conselho de outros contatos, percebeu que o melhor momento de Marcos Guilherme nas categorias de base foi atuando como um terceiro homem de frente, flutuando entre os dois lados do campo.

As circunstâncias levaram o jogador a ganhar a responsabilidade de ser o armador da equipe, fardo que notadamente se revelou muito pesado. O pior momento aconteceu contra o Figueirense, quando foi sacado no intervalo após ser vaiado pelo torcedor. A saída do time fez bem a Marcos Guilherme, que reconheceu a necessidade e exaltou a decisão de Claudinei em coloca-lo na reserva. “Sabia que não estava rendendo o que eu esperava e o Atlético esperava. O professor fez certo em me deixar no banco. Treinei ainda mais para quando entrar fazer o meu melhor para ajudar o time”, disse após boa atuação contra o Criciúma.

Feliz por ter mais uma semana cheia de treinamentos, Claudinei Oliveira não cansa de exaltar o ganho que o time pode ter. “Eu gosto bastante. Gosto de dar treino, trabalhar com jogadores, ter tempo para propor algumas coisas, dar atenção aos atletas. Em relação aos mais jovens, corrigir, passar para eles situações em que podem evoluir. Quando joga, joga, joga, só tem stress. O jogo é o stress do atleta. Na semana você convive, corrige. A tendência é evoluir. Se trabalhar bem e fizer boas sessões de treinos e colocar situações de jogo para eles, é importantíssimo”, acrescentou Claudinei.

Em defesa de Marcelo

Da mesma forma que defendeu o renascimento de Marcos Guilherme, Claudinei Oliveira saiu em defesa de Marcelo. Para o treinador, torcedores e imprensa pegam no pé do atacante injustamente. “Discordo quando dizem que a fase do Marcelo não é muito boa. Acho que o Marcelo fez dois ótimos jogos na Arena nas últimas duas vitórias”, disse. “Marcelo está num momento que às vezes não tem vaidade de fazer as coisas em prol do grupo. Isso é mostra de crescimento. Eu vejo o Marcelo, e já falei isso para ele, muito melhor do que ano passado. Ele evoluiu taticamente. Diferente de um jogador que só corre pra frente, só joga no contra-ataque e não tem comprometimento tático”, afirmou.