Curitiba é a campeã do chocolate no Brasileirão

São Paulo – Curitiba saiu na frente na "batalha dos ingressos". A apresentação oficial do troféu que será entregue ao campeão brasileiro serviu como primeiro balanço da Nestlé e do Clube dos 13 sobre a campanha de troca de produtos da empresa suíça por ingressos dos jogos do Brasileirão. E, após dezoito jogos, a capital paranaense foi a que mais participou da promoção – o Coxa é líder entre os clubes.

Até o momento, foram trocados cerca de 230 mil produtos por ingressos, o que dá uma média de quase treze mil torcedores por partida. Entre as cidades, Curitiba já efetuou 74.571 trocas – sendo 58.092 dos dois jogos do Coritiba (contra Paraná e Paysandu) e 16.479 da partida do Tricolor contra o Figueirense. Belo Horizonte é a vice-líder até agora, e o Atlético-MG é o vice-líder entre as equipes.

Para os dois dirigentes do futebol paranaense presentes à reunião de ontem, é mais uma prova do acerto em participar da promoção. "Nós estamos marcando presença no País. É muito importante para todos", resume o presidente paranista José Carlos de Miranda. "Em duas partidas nós lotamos o Couto Pereira. Nossa intenção é repetir este feito no próximo domingo", afirma o vice-presidente coxa André Ribeiro, citando o jogo contra o Brasiliense.

Ambas as equipes acertaram com a Nestlé a cessão de cinco jogos, recebendo uma cota fixa em cada partida. Com o sucesso, Paraná e Coritiba admitem uma parceria ainda maior. "Posso dizer hoje. Se eu pudesse, teria acertado os 21 jogos", confessa Miranda. "Nós já conversamos dentro do clube e temos a mesma posição. É um projeto muito bem-sucedido", completa Ribeiro.

Tamanha empolgação vem pelo fato de os clubes aumentarem sensivelmente a média de público. "Só com essas partidas, houve um crescimento de 30% na presença dos torcedores", afirma Fábio Koff, presidente do Clube dos 13. E, além de mais gente nos estádios, a média servirá como elemento de definição das cotas de televisão no nacional de 2006. "Esperamos este ano atingir números razoáveis para a grandeza do futebol brasileiro", diz Koff.

Para o público, a vantagem foi a redução no preço dos ingressos. "No momento em que temos valores mais baixos, atraímos as famílias novamente", comenta Koff. A multinacional ganha com exposição da marca. "Nós queremos aproximar os nossos consumidores de seus sonhos. E não há nada mais apaixonante para o brasileiro que o futebol", explica o presidente da Nestlé, Ivan Zurita.

E aos clubes, além da maior média, de cotas fixas e da volta das famílias, a iniciativa representa uma recuperação de credibilidade. "Todos saíram ganhando, principalmente o torcedor", afirma André Ribeiro. "Esperamos mais projetos como esse", resume José Carlos de Miranda.

Troféu é uma homenagem ao estilo do capitão do tri

São Paulo – A "superprodução" armada pela Nestlé para apresentar o troféu de campeão brasileiro reuniu dirigentes de clubes, jornalistas e ex-jogadores, além de celebridades. A taça, criada pelo artista plástico Elifas Andreato, une o símbolo da empresa com um estilo consagrado pelos capitães Bellini, Mauro e Carlos Alberto – o prêmio erguido em triunfo.

No vídeo apresentado antes da "chegada" do troféu, a última imagem apresenta exatamente Carlos Alberto Torres erguendo a taça Jules Rimet. E Andreato parece ter usado esta imagem como tema. Desenvolvida em dois dias, a taça estiliza um capitão, que levanta um dos símbolos da Nestlé.

"Esperávamos apresentar um troféu do nível do Campeonato Brasileiro", diz o presidente de empresa Ivan Zurita. "É uma taça fantástica, que simboliza a credibilidade que o futebol brasileiro está recuperando. É motivo de muito orgulho", exulta o presidente do Clube dos 13 Fábio Koff. O troféu, de 23 quilos, será "itinerante" – vai passear pelos estádios até o final do Brasileiro, começando pela Vila Belmiro, local da partida de domingo entre Santos e Corinthians.

Seleção

A Nestlé também anunciou a criação do "Prêmio Nelson Rodrigues", que vai escolher os melhores jogadores do Brasileiro. A escolha será feita por 110 jornalistas (quinze do Paraná). Serão três categorias: a seleção do campeonato, o melhor técnico e o atleta mais disciplinado.

E a reunião também serviu para o Clube dos 13 confirmar uma premiação extra: o campeão receberá R$ 300 mil, o vice ficará com R$ 120 mil e o terceiro terá direito a R$ 80 mil.

Kia é o popstar do futebol brasileiro

São Paulo – Estavam presentes dirigentes de quase todos os clubes participantes da promoção "Torcer por seu time faz bem", parceria da Nestlé com o Clube dos 13. Até Bebeto de Freitas, presidente do Botafogo, que não se associou ao projeto, estava na sede da empresa, no Brooklin. Mas nenhum presidente, vice ou representante foi mais procurado pelos jornalistas e por curiosos do que o iraniano Kia Joorabchian, presidente da MSI, fundo de investimentos que ?encampou? o Corinthians.

Kia não chegou ao mesmo tempo que os outros dirigentes. Como convém a um ?popstar?, o investidor apareceu mais tarde, e logo que foi encontrado passou a ser o centro das atenções, apesar de distante do local onde acontecia a apresentação do troféu do Campeonato Brasileiro. Quando o evento terminou, começou uma romaria de repórteres e curiosos para ver quem é, afinal, o homem que comanda um aporte maciço de dinheiro no clube mais popular de São Paulo.

O iraniano concedeu entrevistas para quase todos os meios de comunicação presentes – e mesmo os que não gravaram com ele, conversaram bastante com o investidor. Ao longe, jornalistas veteranos, dirigentes e profissionais do futebol acompanhavam o frenesi. "É uma pessoa diferente", resume o cronista gaúcho Ruy Carlos Ostermann, com uma ponta de ironia.

Apesar do jeito falastrão, Kia Joorabchian tem manias surpreendentes. Ele conversa longamente – em português – com os repórteres, discute de tudo e passa as informações que eles mais querem, como a possibilidade de contratações para o Timão. Mas no momento que um bloco de anotações, uma câmera ou um microfone aparecem, ele se transforma: passa a ser arredio, fechado e só fala em inglês, apesar de adorar a fama adquirida.

Assim, o presidente da MSI se tornou rapidamente em um dos personagens mais polêmicos do futebol brasileiro. Transitando à vontade entre nomes antigos do esporte e surpreendendo a cada instante, Kia é hoje protagonista. Exatamente o que ele queria.

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